O moderno e identitário som do primeiro disco de Pugah

O moderno e identitário som do primeiro disco de Pugah

Samba reggae eletrônico, eletro house, pagode baiano, tudo isso regado a muita percussão e identidade baiana. Essas são as marcas do novo trabalho do cantor baiano Pugah, multi-instrumentista, arranjador, produtor musical, DJ e compositor.

Com o título “Nosso Grito”, o disco foi lançado nessa sexta, dia 09, em todas as plataformas digitais, contando com a participação Carlinhos Brown na música “E eu (Grito Esquecido)” e da cantora, Mary Jane Beck, na faixa “Só gostei do seu batom”.

“Nosso Grito traz como carro chefe a diversidade e a pluralidade da música baiana. A faixa “E eu (grito esquecido)” relata a história da escravidão estrutural ao longo da história da humanidade, ressaltando a negligência do matriarcado na sociedade marcada pela manipulação de massa. E conta com a participação mais do que especial do querido Carlinhos Brown, que de punhos cerrados saúda a nação, em um grito contra todo e qualquer preconceito”, destaca Pugah.

O lançamento do projeto está sendo feito com a Candyall Music, selo do parceiro Carlinhos Brown. O álbum tem 7 faixas e está disponível em todas as plataformas digitais.

Pugah e Brown

Clipe “E eu (Grito esquecido)” – Produzido pela agência Clash Lord através de uma animação, o clipe busca abordar a trágica vinda dos negros para o Brasil e como a escravidão teve e ainda tem um impacto grande na vida da população preta.

“Desenvolver esse clipe com Pugah demandou um envolvimento grande com o tema racismo e todo o tipo de sofrimento que o assunto traz”, afirmam os representantes da Clash Lord, Ronaldo e Willian.

No vídeo, os personagens possuem cabeças de computador e suas faces são mostradas através do símbolo do PUG (marca desenvolvida para o artista), que representam a perda da identidade dos negros e a falta de oportunidade em uma sociedade marcada pela meritocracia, uma objetificação criada ao longo dos anos para tirar a humanidade, a liberdade e o pensamento próprio deles. O “grito esquecido” é o preconceito disfarçado de brincadeira e a exploração do preto.

 

O ARTISTA

Aos 34 anos, Pugah é o responsável pela produção musical de Carlinhos Brown, tendo assinado ao lado dele os discos “Artefireaccua – Incinerando o Inferno”, “Sarau du Brown – Ritual Beat System”, “Marabô”, “ViBraaasil” e “Mixturada Brasil”, além do disco “Timbalada da Macota”, Axé inventions, Umbalista e três faixas do DVD “Nega Lôra”, de Claudia Leitte.

O menu musical do artista ainda traz trabalhos com Shakira, Gloria Estefan, Rick Martin, Ivete Sangalo, Iza, Jorge Vercilo, Tribalistas e trilhas musicais para a Fox Filmes, nos EUA. Autodidata, o músico começou aos 12 no piano e aos 15 já atuava profissionalmente. Uma das características de sua intensa pesquisa musical é o uso de “sampler”, explorando a sonoridade eletrônica misturada à percussão de raiz, despertando o olhar de artistas interessados essa fusão.

Definido como uma expressividade musical eletrônica associada à percussão e elementos da ancestralidade baiana, o Pugah traz a genialidade do diretor musical em um groove de fervor surreal, que aproxima todos às suas raízes sensoriais.

Mais do artista no Instagram @thiagopugas_pugah