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ENDOMETRIOSE: Março Amarelo chama atenção para um problema que atinge mais de sete milhões de brasileiras

A Campanha “Março Amarelo” tem como finalidade conscientizar a sociedade sobre os sinais, sintomas, prevenção, diagnóstico e tratamento da endometriose – doença que afeta mais de 7 milhões de mulheres no Brasil e 176 milhões em todo o mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A endometriose é uma doença comum e benigna, que ocorre quando o endométrio (mucosa que reveste a parede interna do útero) cresce em outras regiões do corpo. E um ponto de extrema preocupação: entre 10% a 15% das mulheres brasileiras que são acometidas pela endometriose estão em idade reprodutiva.

Além de ser um mês em que se celebram as mulheres, pelo dia 8 (Dia Internacional da Mulher), março se tornou ainda mais forte na conscientização sobre o corpo feminino.

“Uma hipótese é que a endometriose ocorre quando o endométrio, a mucosa que reveste a parede interna do útero – e que é eliminada durante a menstruação – ao invés de ser expelida para fora do corpo, acaba indo no sentido contrário e alcançando a cavidade abdominal ou mesmo os ovários. O sangue que deveria ser posto para fora pela vagina, acaba migrando para outras regiões do corpo e isso provoca inflamações nessas áreas. Podem acontecer nos ovários, nas trompas, no intestino ou em outas áreas ao redor do útero”, explica a Diretora Médica do IVI Salvador, Dra. Genevieve Coelho.

Um dos grandes problemas da doença, é que ainda existe uma demora muito grande no seu diagnóstico. Muitas vezes porque, como os sintomas são semelhantes aos da menstruação, como dores e cólicas, as mulheres não se atentam à possiblidade de que algo esteja errado.

“É fundamental que a mulher esteja atenta aos mínimos sinais em seu corpo. Quanto antes for descoberta e tratada, menores serão as implicações que a endometriose pode vir a ocasionar”, explica a Dra. Genevieve. Ela também ressalta que, diante de sintomas tão comuns aos do dia a dia das mulheres, o ideal mesmo é se cuidar ainda mais, se observar e estar alerta a cada sinal, mesmo minimamente diferente do que o corpo vem acostumando-se a mostrar. A endometriose é uma doença grave, mas que se diagnósticada prematuramente, tem tratamento e pode devolver qualidade de vida às portadoras.

Quanto mais atentas aos sinais que a endometriose vai emitindo, maiores as são as chances de uma descoberta breve e se reduz a possibilidade de ela evoluir para a grave consequência da infertilidade.

Quando a endometriose está no nível entre leve ou moderada, o tratamento pode ser clínico, com medicação via oral, injeção ou a colocação de um dispositivo intra-uterino. Mas quando o quadro da doença é grave, um procedimento cirúrgico chamado laparoscopia é o mais indicado. Quando é necessária a cirurgia, ela retira os focos da doença e aumenta as chances de uma gravidez, nas mulheres que já desenvolveram infertilidade devido ao quadro de endometriose.

Assim, quando a doença estiver sob controle e a mulher mostrar o interesse de engravidar, o médico vai avaliar os órgãos pélvicos. A depender do comprometimento da região, a gravidez só será possível por meio de procedimentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV).

Sobre o IVI – RMANJ

IVI nasceu em 1990 como a primeira instituição médica na Espanha especializada inteiramente em reprodução humana. Desde então, ajudou no nascimento de mais de 250.000 crianças, graças à aplicação das mais recentes tecnologias em Reprodução Assistida. No início de 2017, a IVI fundiu-se com a RMANJ, tornando-se o maior grupo de Reprodução Assistida do mundo. Atualmente são em torno de 80 clínicas em 9 países e 7 centros de pesquisa em todo o mundo, sendo líder em Medicina Reprodutiva. Em 2024, a unidade IVI Salvador completará 14 anos. https://ivi.net.br/ http://www.ivirma.com/