terça-feira, 19 março 2024
Bombar
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Lançamento

Foto de Taís Valença

 

Agora o quadro está completo. Pouco mais de quatro meses após o lançamento da primeira parte, entra nas plataformas digitais neste dia 13 de março, disponibilizada pela Som Livre, a outra metade de “Se o Meu Peito Fosse o Mundo”, aguardado segundo trabalho solo do cantor, compositor e violonista paulistano Jota.pê. São mais cinco faixas que chegam para se juntar às já lançadas e complementar, musical e poeticamente, toda a viagem, por vezes autobiográfica, narrada em música e letra pelo jovem artista. Com as duas metades juntas, “Se o Meu Peito Fosse o Mundo se torna, enfim, um álbum – e ganhará edição em LP em futuro próximo. A nova leva de canções traz apenas repertório inédito e composto por Jota.pê – solitariamente (“Quem É Juão”) ou assinado com os parceiros João Cavalcanti (“Caminhos”), Rafa Castro (“O que Será de Nós Dois”), Nina Oliveira (“Banzo”) e José Gil (“Feito a Maré”). José Gil, aliás, comparece também como intérprete em sua faixa e traz com ele João Gil e Fran Gil para um feat entre Jota.pê e os Gilsons. Faixa foco do disco, “Feito a Maré” chega também com videoclipe, disponibilizado no canal oficial do artista no YouTube.

Aqui vale abrir rápidos parênteses para lembrar do que já foi lançado. O “Lado A” de “Se o Meu Peito Fosse o Mundo tem duas canções escritas por Jota.pê sozinho (“Um, Dois, Três” e “Ouro Marrom”), uma parceria dele com Theodoro Nagô (“Ta Aê”) e novas versões paras a músicas “Naise”, de Nina Oliveira, e “A Ordem Natural das Coisas”, de Emicida. Parênteses fechados. Leia abaixo o faixa-a-faixa do álbum completo escrito por Jota.pê.

 Bem, mas antes de seguir com esse texto de apresentação de “Se o Meu Peito Fosse o Mundo, preciso contar que fui eu mesmo que me convidei para produzir este álbum. Ofereci minha colaboração assim, na cara de pau. Isso porque, desde que vi Jota.pê ao vivo pela primeira vez, entendi que ali tinha algo muito especial já acontecendo, ou à beira de acontecer. Eu queria fazer parte desse momento dele. Vi nele um artista absolutamente conectado com o presente, lidando com os temas dos nossos tempos de uma maneira inteligente e original. E Jota tinha as ferramentas à mão, tanto no que se refere ao som (as composições, o timbre macio dá voz, a maneira refinada de cantar e tocar violão) quanto à imagem (ele tinha cara de artista, com seus movimentos elegantes, o visual estiloso e sempre bem produzido, com chapéus combinando com cada look). O fato é que me ofereci e me aceitaram. Aqui estou, assinando a direção artística e dividindo os créditos de produção de Se Meu Peito Fosse o Mundo com os grandes diretores musicais Felipe Vassão e Rodrigo Lemos. Todos ficamos amigos durante o percurso, selados pelo amor que temos não apenas pela música, mas sobretudo pela música de Jota.pê.

 Na prática, todas as minhas primeiras impressões se confirmaram. O processo de gravação do álbum foi intenso e prazeroso. Em agosto do ano passado, a trupe completa – Jota, produtores, músicos e agregados – partiu para o interior de São Paulo, na cidade de Alambari, onde fica a Gargolândia. Ali, no meio do mato, está instalado um excelente estúdio, uma espécie de colônia de férias para os aficionados por microfones, amplificadores, mesas de som e quetais. Naquele cenário, acorda-se bem cedo com a criatividade geral já em movimento. O dia voa sem que a gente perceba, a não ser pelas saídas inevitáveis para as refeições. À noite, todos seguem para seus chalés, ansiosos para o dia seguinte. O time de músicos que viveu conosco essa jornada teve Chibatinha (da banda baiana Attooxxa) na guitarra, Silvanny Sivuca na percussão, Weslei Rodrigo e Fi Maróstica no baixo e Samuel Silva no piano. Parceiros e incentivadores do trabalho de Jota.pê desde o primeiro momento, Kabé Pinheiro e Marcelo Mariano fizeram a bateria e o baixo, respectivamente. Jota.pê tocou todos os violões. E Will Bone cuidou dos metais. As vozes finais foram gravadas no estúdio Dorsal Musik, nas semanas seguintes. A mixagem ficou nas mãos de João Milliet e a masterização foi feita por Felipe Tichauer.

 Para além das questões musicais, o material gráfico “Se o Meu Peito Fosse o Mundo” quis imprimir fielmente esses mesmos conceitos. Criada e fotografada por Tais Valença, a capa do álbum teve inspiração no artista plástico afro-americano Barkley L. Hendricks (1945 – 2017), pioneiro em pintar pessoas negras dando ênfase à nobreza e à elegância dos retratados. Outra referência importante foi a capa do LP Alumbramento, de Djavan. Jota.pê quis citar, mesmo que nas entrelinhas, esse artista tão fundamental em sua formação musical. Leia a ficha técnica completa da capa abaixo.

 Em conversas que tive com Jota.pê no final desse processo todo, ouvi dele que, organizadas, as canções que reunimos no álbum, com seus arranjos tão bem modelados para cada uma delas, conseguiram narrar exatamente a história que ele tinha na cabeça: experiências pelas quais passou desde a decisão de se entregar integralmente à música, entre os precipícios e montanhas que essa profissão nos faz percorrer; questões pessoais, dele ou de amigos próximos; reflexões afetivas, familiares, identitárias; reflexões sobre a relação entre filhos e pais; e, mesmo musicalmente, os impulsos de busca e entendimento dos sons e sentimentos que remetem à sua ancestralidade. Junto com todas essas coisas, se construiu ali um painel sobre o passar do tempo: o Jota.pê que ele já foi, quem é hoje e até o pedaço de um fotograma do imponderável futuro que ele terá logo ali na frente, quem sabe? Tudo isso apareceu no disco.

 Como eu escrevi no começo, “Se o Meu Peito Fosse o Mundo” já é um quadro. Um álbum de dois lados, dez canções e milhões de belezas que nos levam por infinitas paisagens. Jota.pê é mesmo um negócio muito especial – acontecendo e para acontecer, como eu suspeitei no primeiro dia. Fico pensando na sorte que tive em ter assistido ao começo dessa história. Que bom que sou oferecido e me convidei para vivê-la de perto.–

Foto de Carlos Davi

Voz, violão, e água salgada. É assim que “Pretty Baby” chega hoje na voz de Flora, em todas as plataformas digitais. A bossa é uma composição autoral da artista alagoana, tem letra em inglês e faz parte de seu novo álbum, que tem previsão de lançamento ainda para este ano e carrega mensagens de amor luminoso, libidinoso, afável, solícito e solstício.

“Quando escuto ela, me vem a sensação de “depois da praia”, aquela que a gente tem quando sai do mar e não tira o sal, deixando secar na pele, como se não quisesse sair da água, como se tivesse uma vaidade em virar peixe”, comenta.

“Quando amo alguém, o primeiro lugar que eu quero ir com a pessoa é para dentro do mar, parece que o abraço fica mais íntimo, como se eu fosse sentir mais amor ainda submerso. Pretty Baby é isso, esse gostinho de amor dentro do mar com a liberdade de um oceano inteiro ao redor”, complementa a compositora e cantora.

O primeiro lançamento de Flora foi o single “Ilustre Timidez”. Em 2017, abriu a turnê “Vidas Pra Contar” de Djavan, em Maceió. No ano seguinte, abriu a primeira edição do festival Sonido Trópico, no Rio de Janeiro, com a banda que mantinha com seu irmão, “Durante Flora”. Em 2019 com o seu primeiro álbum em processo de produção, foi convidada para participar do projeto J Club na casa Julieta De Serpa, também no Rio de Janeiro, fazendo sua primeira apresentação com seu projeto solo.


Em 2020, lançou seu primeiro álbum de estúdio pelo selo LAB 344 “A Emocionante Fraqueza dos Fortes” com nove composições autorais e uma regravação marcante de “Sua Estupidez”, grande clássico de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, produzida por Dinho Zampier. A artista ainda foi surpreendida com uma ligação do próprio (Roberto Carlos) aprovando o trabalho feito na regravação de “Sua Estupidez”.  O Álbum, produzido por Wado – com quem gravou o single Faz Comigo, a levoupara Indicação do prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) como artista revelação 2020

Em 2023, a artista participou do Festival MECA em Inhotim fazendo uma homenagem a Cássia Eller. Em 2024, prepara-se para lançar seu segundo álbum de estúdio que conta com doze faixas produzidas em parceria com o músico e produtor Dinho Zampier e coprodução de Joaquim Prado.

Fotos de Guilherme Milward

 Inspirado nos bailes de corredor dos anos 90, o carioca faz surpresa aos fãs com estreia de nova faixa

Passada o Carnaval, o cantor Puterrier lança mais um single “Faz O Esquenta”, fortalecendo seus passos no universo do crime. Com uma pegada de funk volt mix, a faixa que faz referências sonoras aos bailes de corredores dos anos 90, chega hoje nas plataformas de música acompanhada por um visualizer, fechando o projeto verão que começou com o lançamento do single “Garoto Problema“.

“Faz O Esquenta”, que chega como uma surpresa aos fãs, conta com a produção musical assinada pelos produtores Pedro Bala e Taleko Beats, que se inspiraram nos bailes de corredor típicos da década de 1990. O single traz uma estética sonora repleta de agressividade, mas sem incitar a violência.

“Essa música tem uma dualidade bem marcante, porque tem batida de volt mix que era usada na época dos bailes de corredor, onde as pessoas se batiam, mas na letra da música deixo claro que o baile é sem violência e faço uma crítica à quem briga nos eventos. A música é mais agressiva do que Garoto Problema, é um grito de guerra, fiz pensando em puxar uma roda punk no show quando cantar ela.” , explicou Puterrier.

Com esse lançamento, o carioca que iniciou sua carreira musical em 2016 e busca se consolidar na cena do Grime, completa o “Salseiro”,  projeto de verão criado pelo cantor no início do mês de fevereiro. O visualizer de “Faz o Esquenta” vai estar disponível no canal do Puterrier no YouTube hoje, às 19h.

Foto de Leandro Thomaz

Canção homenageia Chico Oliveira , famoso lutador pelas causas sociais que morreu há 4 anos

Tendo como base rítmica o ragga e o coco, “Sem Fronteiras”, novo single de Aline Paes que chega às plataformas digitais em 8 de dezembro, propõe um olhar reflexivo para o ser coletivo e para a não conformidade diante de desigualdades sociais. A obra foi escrita por Chico Oliveira, músico que partiu precocemente aos 33 anos, e foi gravada por Aline e Marina Íris, ambas amigas de Chico, como forma de propagar o trabalho do compositor. O lançamento acontece na véspera do aniversário do compositor, que completaria 36 anos em 9 de dezembro.

Militante político, Chico Oliveira atuava nas ruas e era presença constante em manifestações e projetos artísticos. Para levar a obra aos espaços em que o compositor passava — e exemplificar ainda mais o trecho “Meu canto não tem fronteiras/ O mundo é minha morada” —, Aline Paes espalhou a letra da música em diferentes espaços públicos do Rio de Janeiro por meio de lambe-lambes.

“Sem Fronteiras”, que também ganha lyric video e visualizer no YouTube, é uma homenagem que visa reverberar as sensíveis percepções de mundo propagadas por Chico Oliveira. Com sua voz e em suas plataformas, Aline Paes abre espaço para que reflexões sobre as nuances da liberdade sejam debatidas e pensadas.

Foto de Mariana Falcão

Com muito gingado, artista baiana celebra o corre da mulher preta em canção que abre caminhos para seu próximo discoCom produção assinada por Cuper e no embalo do samba-reggae, “Vai Bater Mais”, novo single de Tícia, celebra a mulher preta de Salvador que faz seu corre e não desiste de sonhar. A canção chega às plataformas digitais em 8 de dezembro (sexta-feira) e é o primeiro single do novo disco da cantora.

Para compor a música, Tícia acionou suas experiências pessoais e as vivências das mulheres pretas que convive e admira. Com sensualidade e muito gingado, a artista baiana escreveu sobre coragem, força para enfrentar os desafios da rotina e disposição para fazer acontecer: “Eu pensei em trazer esse lado real da nega que é correria, que ‘tá sempre buscando o seu e almejando o melhor para si e para o seu próprio corre. A mesma nega que curte uma brisa para amenizar o caos e um reggae para tornar mais leve a vivência do dia a dia… A música diz muito sobre mim e sobre várias mulheres que eu conheço e admiro”, comenta.

“Vai Bater Mais” é a porta de entrada para o universo do próximo álbum da cantora, previsto para 2024. Assim como o single e os outros trabalhos da cantora — como a música “Salcity” —, a obra promete bater forte nas caixas de som e reverberar o som e as nuances da cidade de Salvador.

LETRA

E ela vem

Com foco na pista, visão e malícia

Viaja num maloka e odeia a polícia

Bandida treinada, gostosa letrada

Tá sempre na onda, onde passa instiga

Sempre representa, a piveta é presença

Paloza e cheirosa chega e rouba cena

Tá sempre no corre, a semana é intensa

Fogo nos problemas

Já acendeu a vela daquela que incensa

Ela bola e rebola, chega o clima esquenta

Botou um da forte, ela tem a fonte

Essa malandrinha só queima de monte

Bateu, bateu

Bati o olho nela e o santo bateu

Bateu, bateu

Ela botou o dela eu botei o meu (2x)

Chega sexta feira

Ela chama as parceira que é tudo ligeira

E tão sempre na ativa

Tem o santo forte, ela faz a cabeça

Pirou minha cabeça

Ela joga e cativa

Já acendeu a vela

daquela que incensa…

Botou um da forte

ela tem a fonte…

Só queima de monte

Bateu, bateu

Bati o olho nela e o santo bateu

Bateu, bateu

Ela botou o dela eu botei o meu (2x)

Foto de Giovane Peixoto

A cantora e compositora, Maria Maud, lança novo single com música composta pelo baiano Diggo, compositor de ‘Dengo’ (João Gomes).“Achei que te Amava” é uma música que fala de amor próprio, para  valorizar quem somos, um dos fundamentos essenciais para a felicidade.

 “Acredito que se não formos capazes de nos apreciarmos como indivíduos particulares e únicos, somos também incapazes de viver uma felicidade conjunta seja como for, com quem for. afirma Maria.

Com sonoridade moderna e densa, a música traz um mood sexy e envolvente, resgatando elementos característicos do Rock e R&B, numa fusão contemporânea.

A música foi produzida por Rodrigo Lampreia, masterizada por David Kutch em Nova York e será lançada pela Soho Music Records, com distribuição da Virgin Music Group.

Até pouco tempo atrás, vivia aprisionada a uma angústia e desconforto que freava meus objetivos e planos. Foi em um mergulho profundo e terno dentro de mim mesma que encontrei essa forma de me rever como uma pessoa que se ama mesmo diante de seus erros e acertos. A partir daí, isso se fez como um clarão em minha vida, tudo ficou mais claro, e a angústia foi desaparecendo assim como o desconforto que frustrava todos os planos que se viam num imaginário distante e aparentemente inalcançável.  Hoje me vejo como alguém que se compreende, que se respeita e que vive a vida com entusiasmo e otimismo o que ainda tenho pela frente. E que só “eu precisava de mim pra entender que só”. diz Maria.

Diggo, compositor baiano renomado, é autor de “Dengo”, sucesso de João Gomes, que também foi regravado por Maria Maud, em versão light e intimista, e sucesso na novela “Travessia” da TV Globo.

Diggo, um amigo e grande compositor, me presenteou com essa composição que veio ao meu encontro como um imã, na hora certa, pois se tratava de um assunto que me era comum e fresco. diz Maud.

Essa canção traduz com verdade aquilo que vivi. Minha redescoberta de mim mesma, meus amores apagados e frustrados comigo própria. É uma música que me compreende em todas suas nuances.” completa Maria.

Fotos de Fernando Young

O sambista Mosquito apresenta seu mais novo single, “Pega-Pega”: um samba autoral e envolvente, cujos versos falam de amor e brincam com a imprevisibilidade e do quanto não sabemos sobre os caminhos que um sentimento pode nos levar. Além disso, o título também faz alusão à brincadeira de criança que muitos de nós nos lembramos: o pega-pega.

O samba foi escrito em parceria com Claudemir Rastafari, compositor renomado e autor de inúmeros sucessos nas vozes de Alcione, Xande de Pilares e Zeca Pagodinho, como “Ogum” e “Ser Humano”. A produção da faixa ficou por conta de Pretinho da Serrinha, assim como a de demais músicas do novo projeto de Mosquito, com lançamento completo previsto para 30 de novembro.

Para Mosquito, a faixa “Pega-Pega” é um bom anúncio do material que vem por aí: o disco, em fase de produção, é um projeto em que Mosquito busca apresentar sua versatilidade. Ele, que é um dos grandes talentos da nova geração do samba, nascido na Ilha do Governador, dá início a uma nova fase com muitas referências que transitam entre o clássico e o novo, o sofisticado e o simples, o samba de breque e o partido alto, marcas registradas de Mosquito.

Sobre o clipe e a capa do single, Mosquito reitera que o conceito é uma parte do todo e, para isso, conta com Toni Vanzolini na direção de arte. Já as belíssimas artes do clipe e a caricatura do sambista na capa do single, foram feitas pela renomada artista plástica, Márcia Falcão, a partir das fotos de Fernando Young. Todo esse trabalho realizado por Márcia está ligado à própria diversidade do novo projeto, onde podemos apreciar a utilização de diferentes técnicas de pintura, criando uma combinação perfeita com o samba de Mosquito. “Pega-Pega” promete pegar a gente! Vem coisa boa por aí.

Foto de Filé

Funk, R&B e Pop marcam o primeiro EP da cantora e compositora, que chega no próximo dia 30 de novembro nas plataformas de música

Após lançar com sucesso seu single “Oi Filha”, a cantora e compositora Lellê agora estreia seu primeiro EP “TRI ÂNGULOS”, reforçando sua ancestralidade e vivência nas comunidades do Rio de Janeiro. O compilado de três faixas autorais, que conta com a produção musical assinada por Mousik (Machadez), chega no próximo dia 30 de novembro  nas plataformas de música.

“TRI ÂNGULOS” pode soar autobiográfico, trazendo à tona temas que marcaram a história da artista, que foi criada por três mulheres diferentes da sua família. O título, a propósito, faz essa analogia com sua trajetória. “Adquiri a personalidade de cada uma delas pelo fato de ser criada paralelamente pela minha mãe e minhas avós, materna e paterna. Esse ep é  uma homenagem a essas mulheres que fizeram de mim quem sou hoje”, explicou Lellê.

O ritmo de favela, como canta a artista, está presente neste trabalho, como na faixa “Oi Filha”, lançada como single recentemente, acompanhada por um videoclipe,  que atingiu o público com seu funk envolvente. Feminino, marcante e dançante, o EP ainda traz o Pop e o R&B,  gêneros que influenciaram a cantora.

Lellê aposta em uma roupagem sonora moderna repleta de gírias que permeiam seu universo imagético feminino, além de elementos usados no TIK TOK.

Foto de Sarah Leal

O disco, que marca a nova fase artística do grupo com pegada  pop, chega às plataformas de música via MacacoLab

Uma ode à música brasileira, com muito suingue e personalidade. É assim que Lamparina, grupo mineiro que vem despontando na cena nacional, apresenta seu novo disco, “Original Brasil“. Com 10 faixas que passeiam pela diversidade sonora típica da cultura brasileira, o álbum, que chega no próximo dia 13 de outubro nas plataformas de música via selo MacacoLab, investe em uma estética com referências aos anos 2000, também apostando no resgate à febre das bandas que marcou esse período.

“Original Brasil” chega para descontrair, provocar e provar que a música brasileira não se resume a um gênero, mas que alcança as múltiplas facetas do som que ecoa neste país de extensão continental. Com a produção musical assinada por MGZD (Cido), Iuri Rio Branco, Rafael Fantini e Cotô Delamarque, o disco vem cheio de brasilidades e mescla pop, MPB,  pagodão, entre outros gêneros.

“Durante a nossa trajetória como banda pelo Brasil, observamos que um gênero musical foi naturalmente se criando nos diálogos, festas e apresentações, o chamado ‘Brasilidades’. Alguém diz “Ah, o DJ toca brasilidades”. E começamos a perceber que nós mesmos estávamos enquadrados nesse gênero.  Mas o que é Brasilidade se não tudo o que é feito no Brasil? Portanto, resolvemos assumir essa identidade do nosso jeito”, afirma Marina Miglio, vocalista do grupo.

Para esse lançamento, Lamparina antecipou com sucesso a faixa “Fez a onda” como single, abrindo os caminhos para o “Original Brasil” se mostrar plural. Entre as batidas eletrônicas, elementos orgânicos, temáticas românticas e uma boa dose de humor, as canções do novo trabalho são envolventes e convidam para o balanço, reforçando o lado mais pop que a banda vem apresentando sem perder a sua essência.

O álbum abre com a canção “Menina”, que foi inspirada  no estilo de Jorge Ben Jor, trazendo  elementos do samba e arranjos de metais. Em seguida, “To que to a toa”  flerta com o reggae, influenciada também pelo trabalho de Joss Stone. “Fez a onda”, single escolhido para anunciar o disco, transita entre o pop e a MPB, explorando o elemento cômico característico da banda.

O bom humor  também está presente em “Carinha de Sol”, com uma temática solar, perfeita para o verão, aliada à sonoridade nostálgica dos anos 2000. Já “Caso Velho”, composição deMarina Miglio, introduz o lado mais romântico da banda junto a uma batida tropical e dançante, contando com a participação do rapper Hot.

A temática sentimental continua na canção “Boca com Boca”, uma declaração de amor que soa como uma baladinha de rádio, acompanhada de uma harmonia típica de hit.  “Sensação” chega marcada pela energia do pagodão, convidando os ouvintes para dançar. A melodia dançante também está presente em “Na Rua”, canção em que a Lamparina investe nos batuques e se inspira na sonoridade de Daniela Mercury e Gilberto Gil.

Em seguida, “Te conheço bem”, penúltima faixa do disco, brinca com um jogo de palavras ao abordar um caso amoroso de forma melancólica, mesclando elementos orgânicos com beats eletrônicos. Para fechar o álbum, a faixa “Medo de Amar” traz uma declaração de amor com tom motivacional, falando sobre a perda do medo de mergulhar em um novo amor.

Com “Original Brasil”, Lamparina brinda sua mais nova fase e reforça seu lugar de destaque na cena musical nacional com o mais puro suco de brasilidade.

Fotos divulgação

A faixa, que conta com a produção de Gabriel Canedo, chega acompanhado por um curta com direção do próprio Hot inspirado em obra de Machado de Assis

Dando sequência aos lançamentos que desaguam no novo álbum “NVV“, o rapper Hot, nome artístico de Mário Apocalypse do Nascimento, estreia “Perfume“, segundo single da nova fase artística do mineiro, após um hiato na sua carreira. A música chega hoje nas plataformas de música, acompanhada por um videoclipe dirigido pelo próprio artista, inspirado na obra de Machado de Assis.

Criticando as redes sociais, lugar de grande hipocrisia, Hot chega compondo uma metáfora afiada, que mescla com seu flow e timbre tão característicos para refletir sobre essas questões. “Escolhi esse tema porque eu bato forte nessa questão dessa rede chata e cheiro é uma coisa que não passa por aqui. Você não sente cheiro de nada vendo um vídeo ou uma foto. Você pode imaginar.”, contou Hot.

Para ilustrar bem a ideia, Hot dirigiu o próprio clipe, ou curta como prefere chamar, onde sintetiza a essência do novo disco. “Me Inspirei no livro de Machado de Assis, a Igreja do Diabo, uma das obras mais sensacionais do BR, no mundo. Esse clipe é como se fosse o filme do álbum, tudo explicadinho alí para não ter como entender e é sem dúvida o trabalho que mais me ensinou na vida”, completou.

Hot, que teve um hiato nas suas produções, aproveitou bem o tempo para produzir esse novo disco, que marca seu retorno ao mercado musical e conta um pouco sobre o seu processo criativo: “Desde Hot e Oreia que as ideias do clipe e das fotos vem de um desenho que eu faço. É um método que eu roubei de um menino que eu sou muito fã Paulo César Pinheiro, conhece? Se não conhece, deveria conhecer. Todo dia ele acorda, toma um gole d’água e escreve. Eu desenho”.

O álbum de rap, também bebe nas fontes do samba, mais em termos de discurso do que propriamente na estrutura musical. “NVV” será lançado ainda em outubro de 2023.


SA Agência Digital