quinta-feira, 28 março 2024
Mariposa Itaigara
Tags Posts tagged with "Djonga"

Djonga

No próximo sábado (14), a partir das 19h, Salvador recebe mais uma edição do evento “Trap Boom”, no Alto do Andu, localizado em Pituaçu. Dessa vez, o line-up traz o rapper mineiro, Djonga e o trapper paulistano, Yunk Vino como headliners do evento e outros nomes da cena de rap e trap do Brasil. Os ingressos já estão à venda através da Bilheteria Digital.

O line-up ainda conta com Cronista do Morro, Diggo, Leviano, Alee, Brandão, Tropa do Salim, Janaina Noblah, Dap Mob, Villa Flor e a DJ Bruxa Braba.

Gustavo Pereira nasceu em Belo Horizonte, mais conhecido como Djonga, rapper e compositor, muitos o consideram como um dos nomes mais influentes do rap atual, pois chama a atenção por conta de sua lírica afiada e agressiva e de suas fortes críticas sociais nas letras.

Yunk Vino é um rapper paulistano de 22 anos de idade. Com músicas muito bem produzidas, Yunk consegue trazer vibrações surreais com um autotune muito bem regulado. O rapper traz consigo, além de um pacote de boas melodias e fusões de Trap, Plug e R&B, um leque de estéticas musicais e visuais que o tornam único, tanto pelo ambiente sonoro que ele nos traz ou pelo auto-tune em perfeita sintonia com sua voz.

O evento obedecerá todas as recomendações e protocolos dos órgãos em combate ao Covid-19, para ter acesso ao evento será necessário apresentar carteira de vacinação com pelo menos duas doses da vacina.

 

Serviço:

O QUE: Trap Boom

ONDE: Alto do Andu (Av. Luís Viana Filho, Pituaçu)

QUANDo: 14 de maio a partir das 19h

QUANTO:  2º Lote: R$80;

2º Lote Frontstage: R$120;

2º Lote Backstage: R$160

Mais informações: Instagram @sotrapboom

 

“Todo artista está sempre pelado, mostrando todas as suas contradições”. Essa é uma das explicações que Djonga dá para o título do seu quinto disco, Nu. O nome do novo trabalho, que chegou em todas as plataformas digitais no dia 13 de março (assim como aconteceu com todos os anteriores), também remete à expressão mineira que o batiza.

“A cada música que eu terminava, eu soltava um  ‘nuuuu’, como uma forma de alívio, mas também pela sensação de ter achado o resultado muito foda”, diz o artista.

Nu é resultado de um dos anos mais sinistros vividos pelo rapper mineiro. Traz tudo o que ficou acumulado dentro dele durante o período  de isolamento social e digital (ele optou por deletar o seu Twitter e sair das redes sociais). Mais introspectivo, ele traz muito do Djonga do Heresia, seu disco de estreia, e relata ao longo de oito faixas como o vazio lhe pegou em cheio. “Queria falar do que estava sentindo. Mas acredito que o ser humano é muito parecido na essência, então, talvez, as pessoas se identifiquem também”, afirma.

“Nós” é o ponto de partida de Nu, com beats de Nagalli e Coyote Beatz. A faixa funciona como um último grito do disco Histórias da Minha Área, lançado em março de 2020. “Ó Quem Chega” é um recado pros vacilões, enquanto “Xapralá” surgiu da necessidade que o artista sentiu de fugir de si para se encontrar.

“Essa é uma das minhas favoritas, era tanto sentimento que eu nem fiquei pensando em punchline”, comenta o  rapper sobre a faixa que traz beats do MDN Beatz.

“Me Dá a Mão” é um pedido de socorro sonorizado em formato de lovesong. Mostra os muitos Djongas vivos e possíveis dentro do corpo de Gustavo Pereira Marques – alguns serão aclamados, outros nem tanto.

“Vírgula” marca o meio do percurso de Nu, além de ser um ponto de virada do álbum. “O sentimento é de que graças a Deus num teve ponto final pra mim e pros meus. Nós respiramos”, fala o artista.

“Ricô” é uma interrupção no processo de Djonga. A música traz a participação de Doug Now. “Ele é o melhor MC de BH. Pode dar print aí, ele tá vindo… Vamos lançar coisas dele em breve”, promete Djonga.

Com Thiago Braga e Budah, “Dá pra Ser” é um hitzinho que resulta do discurso de “Me Dá a Mão”. O pedido de socorro atendido abre possibilidades incontáveis e mais leves: “a vida é uma folha branca,  a história nós monta”.

“Eu” encerra Nu e trata-se da faixa que resume o trabalho inteiro. Não à toa, foi a primeira que Djonga compôs. A música em que o menino que queria ser Deus se revela humano e complexo demais em sua completude, algo que ele compreendeu, mas um assunto que, talvez, a turma do dedo apontado não esteja disposta  a  conversar.

Mais novidades do artista em seu Instagram @djongador..


SA Agência Digital