quinta-feira, 25 abril 2024
Mariposa Itaigara
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casa Preta

Em 2024, a Casa Preta Espaço de Cultura comemora 15 anos. O projeto “CASA PRETA QUINZE POR QUINZE” promoverá o encontro de artistas do Distrito Cultural do Centro Histórico e Comércio para realização de 15 ações: apresentações teatrais, performance, leituras dramáticas, shows, festa pré carnavalesca, curso de cenografia e oficinas gratuitas, além da criação da mini biblioteca com temas ligados à história da “cidade da Bahia” e do bairro Dois de Julho.

Serão (10) eventos artísticos e (5) atividades formativas de janeiro a março de 2024, além de ações de acessibilidade, acesso/formação de plateia e mediação cultural. O projeto tem apoio financeiro da Prefeitura Municipal de Salvador e Fundação Gregório de Mattos através do Edital Territórios Culturais.

A programação do projeto foi criada com um olhar voltado tanto para os artistas, quanto para os moradores do Dois de Julho e dos bairros que compõem o Distrito Cultural do Centro Histórico e Comércio.

A diversidade da programação é forte indicativo da efervescência cultural dos artistas locais. Algumas atividades têm entrada gratuita e outras terão venda de ingressos. Para os eventos pagos, o público residente dessa região terá direito a meia entrada. “Há um caráter comunitário no projeto, por isso também a escolha de uma oficina de jardinagem, para juntar gente em torno do cuidado com as plantas, muito presentes nas casas e mesmo nas ruas e fachadas”, conta o co-gestor da Casa Preta, Gordo Neto.

Pedro de Rosa

Destaques da programação artística: Entre os destaques das apresentações, está o show “As Rosas Não Falam”, de Pedro de Rosa Morais, no dia 20/01, às 17h. Já no dia 28/01 (domingo), às 16h, será apresentado o espetáculo “O Casamento do Palhaço”, com João Lima(foto).

Na primeira semana de fevereiro, Caio Rodrigo e Gordo Neto apresentam o espetáculo “[sem]DRAMA”, nos dias 03 e 04/02 (sábado e domingo), às 19h. Outro destaque é a inédita festa carnavalesca “EVOÉ – Pré Carnaval dos Artistas”, que deve juntar a classe artística em torno do mais querido trio elétrico do carnaval alternativo de Salvador: o MicroTrio de Ivan Uol, com apresentações do MicroTrio, DJ Pinduka e Mini Bloco dos Artistas, no dia 07/02 (quarta), às 20h. Todos os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia) e já estão à venda pelo Sympla (linktr.ee/Casapreta). Além de outras atividades, como leituras, oficinas e inauguração de uma mini biblioteca.

Sobre a CASA PRETA ESPAÇO DE CULTURA: Situada num dos bairros mais tradicionais do centro de Salvador, o Dois de Julho, transversal à mais antiga avenida da cidade, a avenida 7 de Setembro, a Casa Preta é um casarão de quatro pavimentos da década de 20 do século passado, assim denominado por toda a vizinhança em razão de sua fachada, escurecida ao longo dos anos. Impregnada de história nas madeiras, paredes largas e janelas que marcam sua arquitetura, a Casa Preta se consolidou como um espaço cultural alternativo no centro de Salvador. Essas qualidades, atreladas ao histórico de práticas artísticas fazem da Casa um espaço ativo de resistência no cenário cultural soteropolitano, proporcionando constante encontro de artistas das mais diversas linguagens, dispostos a trabalhar dentro do processo de revitalização do centro antigo. O espaço realiza cerca de 200 atividades por ano, entre apresentações musicais, teatro, dança, seminários, debates e oficinas de formação. https://casapreta.art.br.

Confira abaixo a programação completa:

1 – Oficina de Jardinagem

Com Pedro de Rosa Morais
Dias 17 e 18 de Janeiro (quarta e quinta) das 09:00 às 13:00.
Gratuito
Inscrições: linktr.ee/Casapreta

2 – Show As Rosas Não Falam

Com Pedro de Rosa Morais
Dia 20 de Janeiro (sábado) às 17:00
Ingressos (linktr.ee/Casapreta): R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 (meia)

3 – Oficina de Palhaçaria Tradicional

Com João Lima
Dias 23 e 25 de Janeiro (terça e quinta) das 18:00 às 21:00, 27 (sábado) das 09:00 às 13:00.
Gratuito
Inscrições: linktr.ee/Casapreta

4 – Espetáculo O Casamento do Palhaço

Com João Lima
Dia 28 de Janeiro (domingo) às 16:00.
Ingressos (linktr.ee/Casapreta): R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 (meia)

5 – Oficina [sem]DRAMA – Escritura dramática em cenários liminares.

Com Caio Rodrigo e Gordo Neto
Dias 29, 30 e 31 de Janeiro(segunda, terça e quarta) das 09:00 às 13:00.
Gratuito
Inscrições: linktr.ee/Casapreta

6 – Espetáculo [sem]DRAMA

Caio Rodrigo e Gordo Neto
Dias 03 e 04 de Fevereiro (sábado e domingo) às 19:00.
Ingressos (linktr.ee/Casapreta): R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 (meia)

7 – EVOÉ – Pré Carnaval dos Artistas

Com MicroTrio, DJ Pinduka e Mini Bloco dos Artistas
Dia 07 de Fevereiro (quarta) às 20:00.
Ingressos (linktr.ee/Casapreta): R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 (meia)

8 – Mini Curso de Cenografia

Com Luís Parras
De 19 a 23 de Fevereiro (segunda a sexta) das 09:00 às 13:00.
Gratuito
Inscrições: linktr.ee/Casapreta

9 – Oficina de Teatro Físico

Com Fábio Vidal
Dias 19, 21 e 23 de Fevereiro(segunda, quarta e sexta) das 09:00 às 13:00.
Gratuito
Inscrições: linktr.ee/Casapreta

10 – Espetáculo Seu Bomfim

Com Fábio Vidal
Dias 23 de Fevereiro (sexta) às 20:00.
Ingressos (linktr.ee/Casapreta): R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 (meia)

11 – Leitura dramática de “Os cachorros”, de Elena Garro.

Com elenco convidado
Dia 27 de Fevereiro (terça) às 19:00.
Gratuito

12 – Leitura dramática “Foro 4 Tiradentes”, de Mário Lago

Com elenco convidado
Dia 29 de Fevereiro (quinta) às 19:00.
Gratuito

13 – Inauguração do acervo especial “História da Bahia, história do bairro Dois de Julho”


Dia 01 de Março (sexta) às 16:00.
Gratuito

14 – Poeformance com Alex Simões
Dia 01 de Março (sexta) às 19:00.
Gratuito

15 – Café da Manhã, palco aberto e mesa redonda

Dia 03 de Março (domingo) das 09:00 às 12:00.
Gratuito
Ingressos (linktr.ee/Casapreta)

Toda a programação do projeto Casa Preta 15 por 15 está incluída na ação promocional “A Casa Preta em Boa Vizinhança”. Moradores dos bairros do Distrito Cultural do Centro Histórico e Comércio pagam meia entrada em quaisquer eventos deste projeto!

Maju Passos participa do podcast Casa Preta / Foto Caio Lirio

A partir de 03 de março, às quartas-feiras de março e abril serão de encontros virtuais com artistas, pesquisadores e profissionais das artes da cena baianas que trazem importantes percepções sociais e coletivas no Podcast Casa Preta, ação que integra o Enxurrada III, projeto idealizado pelo Aldeia Coletivo. Ao todo, serão lançados oito bate-papos até o dia 21 de abril, que trazem reflexões cotidianas sobre perspectivas não hegemônicas. Os programas poderão ser ouvidos nas plataformas de áudio como Spotify, Soundcloud, entre outras.

Diante da pandemia e das consequências do novo Coronavírus (Covid-19), a estratégia é à distância possibilitar diálogos e análises de assuntos que são comuns no dia-a-dia da Casa Preta Espaço de Cultura, localizada no bairro Dois de Julho. Com 10 anos de ocupação artística e um vírus que desde março de 2020 interferiu na dinâmica e produção cultural do casarão de fachada preta, a intenção é abarcar experiências que acontecem na convivência dos coletivos e frequentantes do espaço, e que também são comuns para outras pessoas, diante das estruturas sociais e vivências as quais estamos submetidos.

Com um tema diferente e com convidades que possam contribuir nas reflexões propostas, cada episódio terá um mediador(a) que faz parte de um dos grupos da casa ou estão integrados às ações que atuam em parceria com o espaço, para que haja diversidade e contribuições mais plurais. Essa é a poética do Enxurrada da Casa Preta III, que tem apresentado desde o mês de janeiro lives com produções culturais (música, teatro e poesia urbanas) baseadas em diversidade racial, de gênero e religiosa durante quatro meses. 

O primeiro encontro debate o tema ”Espaços Culturais Alternativos”, movimento que cresceu em todo o país e que certamente está alterando o modo como a produção cultural se organiza. Com mediação de Vitor Barreto, co-gestor da Casa Preta, produtor cultural e integrante do Grupo Vilavox de Teatro, o #01 Podcast da Casa Preta traz os convidades Maju Passos – uma das gestoras da Casa Charriot e especialista em produção cultural e economia criativa) e o artista LGBTQIA+, perfomer, educador social Georgenes Isaac, integrante do Coletivo das Liliths e gestor da Casa Evoé.

Os podcasts #02 e #03 tem como tema “Racismo estrutural, ambiental e religioso” e prometem aprofundar o debate a respeito de práticas religiosas e filosofias de vida afroindígenas. No dia 10 de março, o segundo podcast será conduzido por Belle Damasceno, cientista social e antropóloga, e traz como convidados Caboclo de Cobre, compositor, cantor e integrante do Aldeia Coletivo, e Sanara Rocha, pesquisadora, produtora cultural e multiartista. Já no dia 17 de março, o debate será mediado pela comunicóloga Bruna Rocha e terá as ricas contribuições da encenadora, dramaturga e pesquisadora da relação candomblé e teatro Onijasé, a performer e diretora de arte Tina Melo e a atriz e ekedi do Ilê Asé Oyá L’adê Inan (Alagoinhas) Fabíola Nansurê.

Para encerrar a primeira parte da temporada do Podcast da Casa Preta, o tema escolhido foi Planejamento Estratégico e Assessoria de Imprensa para Artistas Independentes, com apresentação de Laísa Gabriela, jornalista, gestora cultural e assessora de imprensa, integrante do Aldeia Coletivo e co-criadora do EPA Criativo. A ser lançado em 24 de março, a quarta edição do programa traz reflexões e dicas para que artistas emergentes possam compreender estratégias comunicacionais para divulgar seus trabalhos. Os convidades são Francini Ramos – gestora cultural e uma das responsáveis pela Jornada da Cena Independente; Rafael Brito – jornalista, assessor de comunicação e multi-artista – e ISSA – cantor, compositor e instrumentista.

O público ainda terá mais quatro encontros posteriores a esses, com os temas: A experiência LGBTQIA+ no cotidiano da produção cultural em Salvador: diálogos e intersecções sobre gênero, raça e sexualidadeTrabalho via apps, o dia na tela: posts, criações de conteúdo e edições de texto, redes sociais; Articulação: a importância de estar em canais de diálogo, grupos temáticos em redes sociais (o novo associativismo); O espaço cultural no território: experiências de relações com as comunidades do entorno; dias 31 de março, 07, 14 e 21 de abril, respectivamente.

O Enxurrada da Casa Preta III é financiado pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundo da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

MARÇO

03 de março – PodCast 1 – gestão de espaços culturais alternativos com a participação de outras casas de cultura da cidade

10 de março – PodCast 2 – Debate com intelectuais acerca do racismo estrutural, religioso e ambiental

13 de março – Cabokaji e MC Coscarque

17 de março – PodCast 3 – Debate com intelectuais acerca do racismo estrutural religioso e ambiental

20 de março – Los Pesos

24 de março – PodCast 4 – Produção e Gestão Cultural: como montar um portfólio, realizar assessoria de si mesmo e/ou dividir as funções em trabalhos colaborativos

31 de março – PodCast 5 – A experiência LGBTQIA+ no cotidiano da produção cultural em Salvador: diálogos e intersecções sobre gênero, raça e sexualidade.

 

ABRIL

03 de Abril – DJ Nay Kiesse e Cabôco Experiencia / MC Tipo A

07 de abril – PodCast 6 – Trabalho via apps, o dia na tela: posts, criações de conteúdo e edições de texto, redes sociais

10 de abril – Medeia Negra

14 de abril – PodCast 7 – Articulação: a importância de estar em canais de diálogo, grupos temáticos em redes sociais (o novo associativismo)

17 de abril – Coletivo das Liliths e MC Di Cerqueira

21 de abril – PodCast 8 – O espaço cultural no território: experiências de relações com as comunidades do entorno.

DICERQUEIRA

Representatividade, diversidade de gênero, raça e musicalidade. Esse é o lema da segunda live da Aquahertz: Mostra AfroIndígena de Música Soteropolitana, festival que integra o projeto Asé Orin – Rede AfroIndígena de Música Soteropolitana, no dia 13 de fevereiro, a partir das 19h, com shows do rapper baiano DICERQUEIRA e banda soteropolitana Veronas, formada por três mulheres negras e multi-instrumentistas.

As apresentações serão transmitidas online e ao vivo pelos perfis do Youtube e Instagram do projeto, idealizado pelo Aldeia Coletivo, grupo que coabita a Casa Preta Espaço de Cultura, no bairro Dois de Julho/Salvador.

Membro da novíssima geração da música baiana, o rapper, cantor, ator e compositor DICERQUEIRA traz para o seu show composições que fazem parte de sua trajetória “Lendária” (2019) – sua primeira canção de trabalho, que logo ganhou destaque na cena soteropolitana e chamou a atenção de nomes consagrados como Maria Gadú e Caetano Veloso e “Grandeza”, que o levou a ser o primeiro rapper a vencer o Prêmio de Música Educadora FM, na categoria Melhor Intérprete Vocal (2019).

Com um trabalho “pop experimental alternativo afrofuturista”, como o próprio DICERQUEIRA mesmo se define, traz as mais diversas influências musicais convergindo entre passado e presente, para construir a sensação sonora de futuro, resultando em uma música politizada, popular e contagiante, trazendo frescor a cena da música afro-diaspórica contemporânea produzida na Bahia. Recentemente gravou parcerias musicais com os rappers baianos Hiran, Yan Cloud e lançou seu mais novo single DPZV (Desprezivel).

Poesia concreta, baianidade e muitos contratempos, dão cara, voz e harmonia ao show de Veronas, trio de mulheres negras e multi-instrumentistas que trazem uma sonoridade que flerta com jazz, rock e com a malemolência musical e ancestral da Bahia em seu além mar. “Verona’s é uma banda que se inspira no corpo feminino, na literatura, na vida diária e popular. “É através do viver que a gente pensa música”, declara a vocalista Verona Reis.

De composições à improvisações no palco, a contra baixista e back vocal Makena, a baterista de voz suave Line Santana e a vocalista Verona Reis apresentam um show regado de música singular autoral e arranjos criativos. Singular porque são músicas com arranjos ousados, melodias híbridas e letras poéticas (“faz rima no meu corpo em geme enfim, do Nepal umbilical ao um beijo meu”).

Projeto
Transmitido gratuitamente pelo youtube do Asè Orin, o Casulo Digital realiza no dia 10 de fevereiro, das 16h às 20h, o Workshop de Beatmakers, ministrado pelo compositor e produtor musical Marcelo Sant’anna. A oficina tem como objetivo incentivar e apresentar técnicas, ferramentas e práticas para a composição e finalização de instrumentais de rap, através de softwares, instrumentos virtuais e samplers.

“A intenção é desmistificar a idéia de que compor, samplear, tocar instrumentos e sintetizadores através do computador é inacessível ou que exige o uso de diversos equipamentos”, explica Sant’anna, produtor musical da AqueHertz Estúdio. O Casulo Digital é um espaço online idealizado pelo Asé Orin para fomentar o desenvolvimento técnico da comunidade de artistas que potencializam a cena musical alternativa soteropolitana e que fazem parte da Aquarhertz: Mostra de Música Afroindígena Soteropolitana.

O projeto, que segu​e à risca as normas de vigilância sanitária no que diz respeito à prevenção da contaminação pelo vírus Covid-19, é contemplado pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas , da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

Serviço
O Quê: Asé Orin – show de DICERQUEIRA e Veronas
Quando: 13 de fevereiro, às 19h
Onde: Transmissão Online pelos perfis do Instagram (@ase.orin) e Youtube

A Casa Preta Espaço de Cultura, situada no Dois de Julho, em Salvador, inicia a terceira edição do projeto de dinamização cultural Enxurrada da Casa Preta com o show acústico da cantora e compositora nigeriana Okwei Odili [foto] e do espetáculo Pindorama, antes de chamar Brasil, a partir dos dias 16 e 17 de janeiro, respectivamente, às 20h e 17h.

No intuito de impulsionar, produzir e difundir a criação pulsante de artistas alternativos e locais, nos próximos quatro meses, entre janeiro e abril, a Enxurrada da Casa Preta III trará uma programação artística multilinguagem (espetáculos de teatro, shows musicais, podcasts), a ser transmitida nos canais virtuais do casarão centenário – Facebook e YouTube.

Musicalidade e teatralidade em diversidade, ancestralidade com representatividade, baianidade afro, ameríndia e cubana, batidas tambores discotecados em Hip-Hop preto, uma enxurrada de vozes em diálogo sobre diversidade racial, de gênero e religiosa, produção cultural e gestão de espaços culturais a fim de solidificar a identidade artística da Casa Preta, espaço que tanto contribui para a cena cultural soteropolitana. Esse é um resumo poético-artístico do que será a terceira edição do Enxurrada.

Os artistas, iniciativas e coletivos que integram a programação já ocupavam a Casa antes da pandemia do Covid19, muitos deles integraram A Real da Live/fe, projeto conta com dez edições executadas entre agosto e outubro de 2020, todas adequadas aos protocolos sanitários vigentes. Importante considerar que todo esse trabalho tem contado com a ação voluntária dos artistas que contribuem para a gestão do espaço – Vilavox, Aldeia Coletivo Cênico, Ateliê Cenográfico Maurício Pedrosa, Bogum Ambiente Criativo e Macumba Produções.

Para Gordo Neto, coordenador geral do projeto, o “Enxurrada da Casa Preta III” vai permitir um novo ciclo de investimentos artísticos no espaço, considerando a emergência cultural, como também a manutenção das pesquisas artísticas lá realizadas e as parcerias estabelecidas. Palco para o teatro, a música e a poesia identitária, a Casa Preta tornou-se berço de uma pesquisa antropológica, na busca pela valorização da herança indígena e afro-brasileira.

A cantora e compositora nigeriana Okwei Odili apresentará no dia 16 de janeiro, às 20h, o show intimista Noite Acústica, acompanhada da guitarrista Kamile Levek, que traz um repertório autoral e composições já conhecidas pelos admiradores do Reggae, Afrobeat, Soul e Rap. No dia seguinte, 17 de janeiro, às 17h, através da música, poesia, teatro de bonecos e formas animadas, Pindorama expõe a formação da identidade do povo brasileiro com base na matriz cultural dos povos indígenas, utilizando lendas e contos que compõe o imaginário mítico dos povos desta terra.

Pindorama vem de Pindó-rama que significa “terra, lugar ou região das palmeiras”. Para algumas tribos tupis, Pindorama é uma terra encantada. Durante as antigas migrações, formou-se diversas tribos nessa região, até a “Invasão de Pindorama”, também conhecida como “descoberta do Brasil”. “Convidamos a todos a uma reflexão acerca da construção de uma relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza. O espetáculo se constitui ainda como uma fonte de registro etnológico e antropológico da cultura de matriz dos povos originários brasileiros”, conta Luiz Guimarães.

Leno

Ainda em janeiro de 2021, o ator Leno Sacramento apresenta o espetáculo Encruzilhada, no dia 30, a partir das 20h. Já no dia 31 de janeiro, DJ DMT e o trio Los Perifas farão consecutivamente dois shows festivos que trazem o melhor do musicalidade feminina e da juventude preta soteropolitana, o Hip-Hop dos bailes de discotecagem, da percussão baiana, dos ritmos afro-brasileiros e afro-cubanos, e muito mais. É um resgate da tradução da tradição e ancestralidade afro e ameríndia na musicalidade brasileira.

Durante os quatro meses do Enxurrada da Casa Preta III serão realizados 14 shows/espetáculos transmitidos via live e 08 podcasts com temas diversos – diversidade racial, de gênero e religiosa, produção cultural e gestão de espaços culturais. O projeto é financiado pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

*Enxurrada*
“Eu tinha muito cabeça para o teatro. Em um momento fui até Exu e perguntei qual seria o próximo passo. Em jogo de Ifá, com Mãe Rosa de Oyá, iyalorixá do Ilê Axé Oyá L’adê Inã, em Alagoinhas/BA – Ele disse que o caminho seria pela coletividade, pela construção de um espaço em que as artes pudessem acontecer junto. Enxurrada é um projeto enviado por Exu. Ao amanhecer, acordo com a voz de Artur Soares:

_“Enxurrada_
_Chuva cai_
_Esgoto_
_Alaga_

Um barraco de papel.

_Graças a Deus_
_O Céu abriu_
_A Mata inteira se alegrou” (autoria Artur Soares)

“O Enxurrada não é só complexificar e desconstruir os discursos do embranquecimento, mas compreender o discurso de negritude e ameríndio. Na Bahia, temos também uma hegemonia negra yorubana, mas nessa terra teve nkisi e voduns também. Candomblé tradicional é banto, angola.
Enxurrada é uma plataforma de entendimento de forma complexa do que é brasilidade, isso através das artes, para debater intelectualidade e assim conformamos juntos um novo pensamento do que é a construção desse país”, conta Luiz Guimarães, o Cabloco de Cobre, idealizador do projeto e integrante do Aldeia Coletivo, grupo que coabita a Casa Preta Espaço de Cultura.

Espaço
Ela é quase centenária e sua fachada traz consigo muitas histórias em seu interior e pelas ruas do bairro Dois de Julho. Há mais de 10 anos, o casarão de fachada preta, mais conhecida como Casa Preta Espaço de Cultura recebe artistas, grupos e iniciativas voltadas para as artes, a mobilização e a formação sociocultural. A Casa Preta é a casa dos grupos artísticos Vilavox, Aldeia Coletivo Cênico, Ateliê Cenográfico Maurício Pedrosa, Bogum Ambiente Criativo e Macumba Produções, que se dividem entre os quatro pavimentos do casarão.

Os ambientes da Casa são planejados de forma a permitir múltiplos usos e a propiciar o intercâmbio para atrair públicos diversos. Em 2019 e 2020, todos os espaços passaram por uma grande reforma e uma de suas salas homenageia a performer e diretora teatral Ivana Chastinet. Sala esta que receberá alguns dos shows/espetáculos do Enxurrada da Casa Preta III.

*Programação – Janeiro a Abril*
JANEIRO
16 de Janeiro – Okwey Odili
17 de janeiro – Pindorama-Antes de Chamar Brasil
30 de janeiro – Encruzilhada/Leno Sacramento
31 de Janeiro – DJ DMT e Los Perifas

FEVEREIRO
06 de fevereiro – Pedro Rosa Morais
27 a 27 de fevereiro – Ocupação Slam das Minas

MARÇO
03 de março – PodCast 1 – gestão de espaços culturais alternativos com a participação de outras casas de cultura da cidade
10 de março – PodCast 2 – Debate com intelectuais acerca do racismo estrutural, religioso e ambiental
13 de março – Cabokaji e MC Coscarque
17 de março – PodCast 3 – Debate com intelectuais acerca do racismo estrutural religioso e ambiental
20 de março – Los Pesos
24 de março – PodCast 4 – Produção e Gestão Cultural: como montar um portfólio, realizar assessoria de si mesmo e/ou dividir as funções em trabalhos colaborativos
31 de março – PodCast 5 – Dimensões sensíveis do cotidiano na produção cultural: relações raciais, de gênero e sexualidades

ABRIL
03 de Abril – DJ Nay Kiesse e Cabôco Experiencia / MC Tipo A
07 de abril – PodCast 6 – Trabalho via apps, o dia na tela: posts, criações de conteúdo e edições de texto, redes sociais
10 de abril – Medeia Negra
14 de abril – PodCast 7 – Articulação: a importância de estar em canais de diálogo, grupos temáticos em redes sociais (o novo associativismo)
24 de abril – Coletivo das Liliths e MC Di Cerqueira
28 de abril – PodCast 8 – O espaço cultural no território: experiências de relações com as comunidades do entorno. Uma programação cultural de qualidade e diversificada, gratuita para o público adulto, jovem e infantil

 

Para manter o espaço e proporcionar uma ajuda financeira a artistas que coabitam e realizam os shows, a Casa Preta Espaço de Cultura tem realizado o projeto de A Real da Live/fe, que em outubro chega a sua terceira temporada e terá apresentações aos sábados (20h) e domingos (17h), com grupos/bandas/artistas independentes adultos e infantis, respectivamente. As lives são transmitidas ao vivo e ficam disponíveis no YouTube e Facebook da casarão de fachada preta.

Acelerando as batidas do reggae, o grupo Império Ragga estreia a programação adulta no dia 10 de outubro, às 20h, com músicas autorais e em um formato experimental, com Bruno Digital Ogan na criação, seleção de instrumentais e percussão, Denison Doria, Fall Classico e Iara Villanueva nos vocais. Os cantores Shalom Guedes e Marcola[foto] completam a programação de outubro com lives dias 17 e 24 de outubro.

Império do Ragga

Para noite de abertura da terceira temporada, a Império Ragga traz um repertório que tem como base estilo jamaicano raggamuffin e dialoga com outras linguagens da música da diáspora preta baiana e mundial. A cantora Iara Vilanueva revela que o grupo está preparando um show capaz de transpor a atmosfera do Ragga de Rua (festa de produção independente) para live.

“Queremos que o eles (público) dancem e vibrem como nas ruas. Além de músicas já conhecidas, irá conhecer criações surgidas no período de quarentena. Composições que versam sobre temas contemporâneos e futurísticos, a sabedoria das ruas, amor e transformação social, sobre a perspectiva cultural e o cotidiano ao qual pertencemos”, pontua Vilanueva.

Para despertar crianças adultas e colorir o domingo das crianças pequenas, a Casa Preta vai trazer uma programação mais que especial e o Canastra Real é o grupo que estreia os domingos d’A Real da Live/fe. A partir das 17h, com o show Toada Crianceira: Cancioneiro Brincante da Infância, a criançada irá curtir um repertório de brincadeiras, brinquedos, cantigas e histórias infantis de tradição oral, da literatura e do cancioneiro popular.

É acalantos, brincos, lenga-lengas, parlendas, trava-línguas, tangolomangos e quadras populares. Tradição e cultura, o Toada Crianceira nos mostrará que a infância é algo cultural, tradição e usina de invenção, herança e esperança, algo que se pode aprender e ensinar. Completa a programação infantil o grupo Pindorama, com show dia 25 de outubro, às17h.

O público pode contribuir curtindo, comentando, compartilhando, assistindo, e também doando valores através do picpay,  do PagSeguro (valor sugerido R$12 – ou através de transferência bancaria (dados pelo Instagram e Facebook da Casa Preta).

Essas contribuições irão custear a produção, o trabalho dos técnicos, a manutenção do espaço cultural e o cachê dos artistas. IMPORTANTE, às pessoas não precisam esperar o dia da Live para doar e apoiar os artistas.

*Serviço*
O quê: “A Real da Liv/fe” da @casapretaespacodecultura
Quando: 10, 17 e 24 de outubro (sábado), 20h, e 11, 18 e 25 de outubro (domingi), 17h
Onde: transmissão ao vivo no YouTube e Facebook da Casa Preta Espaço de Cultura
Contribuições: picpay, do PagSeguro (valor sugerido R$ 12) ou através de transferência bancaria (dados pelo Instagram e Facebook da Casa Preta)


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