quinta-feira, 28 março 2024
Racletto
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Foto: Reprodução internet

Localizado no bairro do Harlem, em Manhattan, o reduto da cultural negra novaiorquina, o Red Rooster é um restaurante super animado, com mesas concorridas, bar cheio e boa (e alta) música. Mas hoje vamos falar da pistinha que rola dentro desse estabelecimento. Trata-se do speakeasy Ginny’s Supper Club, que é, na minha opinião, o mais agitado da cidade. Numa visita pela cidade, não deixem de conferir o que acontece neste local.

Foto: Thiago  Castro
Foto: Thiago Castro

Após descer uma escada na lateral direita do Red Rooster, o Ginny’s é um gastrobar durante o jantar. A trilha sonora é sempre por conta de grupos de jazz e outros estilos musicais, que começam a preparar o terreno para que acontecerá depois da meia-noite (isso, de quinta a sábado).

Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação

Quando as luzes baixam, valorizando um painel vermelho cheio de pequenas luzes que indicam a pista, é sinal que chegou o momento. O clima de restaurante vai mudando, mudando, mudando… até virar uma das pistas mais animadas que eu já fui em NYC. O DJ arrebenta em variações de música negra. Percorre pelo R&B, Soul, Funk, Hip Hop, Rap de forma admirável. Mas o show mesmo fica por conta das pessoas. Com uma boa dose de glamour, o belíssimo lugar fica ainda mais atraente quando o público se levanta das mesas e se dirige para a pista. Gatas e gatos, negros e elegantes chegam e animam o baile. É de parar para assistir ao show que eles dão na pista do clube.

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A música, as pessoas, tudo combina perfeitamente para você soltar o corpo e entrar na onda. Mesmo quando não souber o que fazer, assista um pouco com intuito de aprender e copie alguns passos. Só não deixe de participar daquela cena de corpos dançantes. A festa é tão bem produzida, que uma amiga carioca que me acompanhava nessa maravilhosa experiência soltou: “Todo mundo aqui é Beyoncé, é?”. Pelo comentário, você consegue ter uma ideiazinha do nível do baile, que, por acaso, estremece quando toca músicas de Beyoncé.

Com um serviço diferenciado, o bar do local, não tem um cardápio fixo. Você escolhe o que quer beber e como quer. Eu escolhi uma tradicional caipiroska de morango, que estava morrendo de saudade. A estilosa bastender me serviu uma versão americanizada, acrescentou alguns ingredientes por conta dela e ficou uma delícia. Imperdível, não?

 

Red Rooster/Ginny’s Supper Club. Endereço: 310 Lenox Avenue, New York.

Que Nova Iorque, a cidade que nunca dorme, é incrível, disso ninguém duvida. A última novidade da Big Apple foi anunciada essa semana por Bill de Blasio, prefeito da cidade: até o final de 2015 toda a cidade de Nova Iorque vai oferecer internet grátis. Com isso Nova Iorque se torna a cidade mais conectada do mundo. Alguns bairros como Chelsea, em Manhattan, já têm internet grátis na rua, devido a um projeto piloto do Google. A novidade agora é a abrangência. O sistema “LinkNYC” foi apresentado por Blasio como sendo a mais ampla e rápida rede de internet grátis no mundo.

 

Visitantes e moradores de Nova Iorque vão andar conectados 24h por dia, sete dias da semana. Foto: Divulgação
Visitantes e moradores de Nova Iorque vão andar conectados 24h por dia, sete dias da semana. Foto: Divulgação

Não que internet grátis na rua seja uma novidade. Em Salvador, por exemplo, existem espalhados pela cidade diversos terminais de acesso – ou mobiliários urbanos. O problema é a localização deles e a velocidade da navegação. Existe, por exemplo, um terminal na Avenida Magalhães Neto, onde só passam carros, por se tratar de uma via de acesso rápido à orla. Ou seja, está lá. Mas ninguém usa, pois quase não existem pedestres, nem praças.

NYC

Bom voltemos à Nova Iorque. Lá os terminais oferecerão acesso à internet grátis 24 horas por dia, sete dias por semana, com velocidades de gigabytes, que é 100 vezes mais rápida que a média da internet pública, segunda informações da prefeitura da cidade. Além disso, vai oferecer chamadas gratuitas nos Estados Unidos. A Prefeitura autorizou a construção de até 10 mil terminais “LinkNYC”, com um raio de cobertura de 45 metros nos cinco distritos da cidade (Manhattan, Queens, Bronx, Brooklyn e Staten Island). Quer mais uma notícia sensacional? A rede, que terá seus primeiros equipamentos instalados no fim de 2015, será financiada com publicidade e não custará um único dólar aos contribuintes.

 

the back room

O The Back Room é um dos speakeasies ainda em funcionamento em Nova Iorque. Durante a década de 20, nos EUA, foi proibida a venda de bebida alcoólica. Naquela época, a área onde o bar está situado – no Village – era de gângsters e o estabelecimento servia de ponto de encontro de grandes pensadores, de gângster e de todos aqueles que não deixavam de apreciar um bom e velho drink jogando conversa fora.

Hoje, com o mesmo aspecto vintage daqueles tempos, o The Back Room é o local escolhido por gente como Paul McCartney, integrantes do Pearl Jam e pelas revistas da cidade como cenário de suas festas.

the back room

Caminhando pela calçada, você jamais diria que naquele portãozinho baixo – onde você mal consegue ver o corredor de paredes bem rústicas e quebradas – existe um lugar tão bacana. Após descer as escadas e caminhar para o fundo de um casarão meio macabro (com pedido de silêncio por todos os lados para não incomodar os vizinhos), você finalmente se vê diante de uma porta preta. Ao entrar, você fica extasiado com o lugar que acaba de conhecer. No local, os drinks ainda são servidos como na época da proibição, ou seja, em xícaras de chá e canecas de café. O elemento é essencial para criar a atmosfera daquele período, assim como o lindíssimo cenário.

the back room

Frequentado por pessoas de todas as faixas etárias acima da maior idade nos EUA, 21 anos, o estabelecimento tem uma trilha sonora animadíssima. Quando chega a uma certa hora da noite, o local se transforma em uma pistinha de dança para os mais animados e torna-se um lugar super propício a novas amizades e quem sabe até um flerte.

Recentemente, serviu de locação de uma série da HBO chamada Boardwalk Empire (que eu super recomendo). Alguns programas da tevê norte-americana no local também foram rodados .

Ainda não tive a oportunidade de conhecer, então não posso falar com muita propriedade, mas ainda dentro do The Back Room, existe uma parede falsa que dá acesso ao “Secret Room”, que é reservado para festas ou para os sócios e frequentadores mais assíduos do bar.

Com a riquíssima história que o lugar traz, você não pode ficar sem conhecê-lo. Para mim, um dos lugares mais charmosos de Nova Iorque. Quem sabe você está no seu dia de sorte, encontra o seu grande ídolo por ali e ainda bebe um drink na sua companhia?

 

Fotos: Uran Rodrigues

Los Muralistas é um coletivo de artistas coordenado por Joe Matunis, criado dentro do El Puente – entidade latina que luta pela paz e justiça mediante a participação dos jovens e adultos nas artes, educação, ações ambientais e pelo bem estar, na comunidade de Los Sures Southside de Williamsburg. Desde sua criação em 1990, eles já fizeram mais de 20 murais comunitários, que têm sido documentado em diversas publicações de arte no mundo todo.

Um dos últimos trabalhos desenvolvido pelo coletivo chama a atenção dos visitantes de Nova Iorque. Eles foram convidados por uma construtora a pintar o paredão de uma antiga fábrica de açúcar. Eles levaram um mês nesse trabalho. O mais interessante é que a antiga fábrica fica dentro da comunidade de Los Sures, ou seja, muitos dos artistas são filhos de ex-trabalhadores do local.

Por isso, o mural representa a ligação entre passado e presente, desafios e mudanças sofridas pelas comunidades latinas na localidade. “Conoce tu historia para que no la repitas” e “My dream for los Sures is that we start waking up and empowering ourselves to do better and hold on to what ever little bit we have” são algumas das frases e clamores dos artistas escritos em inglês e espanhol na obra que chama a atenção de todos .

Cultura con Azucar

Cultura con Azucar

O termo muralismo, ou pintura mural, tem origem no México e existem estudos que afirmam existir trabalhos deste tipo desde o início do século 20. Esses trabalhos eram realistas e monumentais.  É uma forma de arte pública, como o grafite, porém, diferentemente deste, tem estreita relação com a arquitetura, podendo explorar o caráter plano de uma parede ou criar o efeito de uma nova área de espaço. O mural da antiga fábrica de açúcar trata-se de um trabalho “vivo”, que incorporou retratos de membros da comunidade de Los Sures e citações de moradores que compartilham suas memórias e projetaram seus sonhos para o Southside.

Confira agora todo o colorido e a riqueza de detalhes desse trabalho primoroso criado por Los Muralistas de El Puente:

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