sábado, 27 julho 2024
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New York

O Mc Sorley’s ostenta o título de bar mais antigo de NYC. Desde 1854 o bar fica localizado na 15 East 7th street, no East Village.Desde sua abertura até os dias de hoje, eles vêem mantendo algumas das tradições de quando as portas foram abertas. Uma delas é que a única bebida servida na casa é o chopp. As máquinas que produziam esta bebida nas versões clara e escura nos anos 50, ainda estão expostas no balcão para deleite do visitante.


As paredes do Mc Sorley’s são cobertas por fotografias de personalidades como Abe Lincoln e John Lennon que ali, contaram e fizeram histórias. Já o chão é coberto de pó de serra. O clima é o que podemos chamar no Brasil de boteco, com conversas em tom alto, em meio a todo tipo de parafernalhas na decoração. E, lógico, bebem chopp se deixando levar pela energia contagiante do ambiente e pelo preço baixo da bebida. Dois chopps saem por 5 dólares.

Uma curiosidade sobre o Mc Sorley’s é que até 1970 tinha uma regra “Men Only”. Ou seja, só rapazes poderiam frequentar o local e um dos dizeres famoso do bar era “ Good Ale, Raw onions and No Laddies” (algo como “Boa cerveja(ALE), cebola crua e sem mulheres). Mas essa tradição foi uma das que caíram por terra na década de 70 com a emancipação feminina. Hoje, as frases do local são outras, com cunho mais de humor, como por exemplo, “Be good or ne gone” (Seja bom ou vá embora) ou “We are here before you were born” (Nós estamos aqui antes de você nascer).

Se você é do tipo que gosta de conhecer a tradição do lugar que está visitando precisa tirar um tempinho para conhecer o MC Sorley’s. E se bater aquela fome entre uma caneca e outra de chopp a dica são os saborosos mini hamburguês, feitos no local.

 

Fotos: Uran Rodrigues

Los Muralistas é um coletivo de artistas coordenado por Joe Matunis, criado dentro do El Puente – entidade latina que luta pela paz e justiça mediante a participação dos jovens e adultos nas artes, educação, ações ambientais e pelo bem estar, na comunidade de Los Sures Southside de Williamsburg. Desde sua criação em 1990, eles já fizeram mais de 20 murais comunitários, que têm sido documentado em diversas publicações de arte no mundo todo.

Um dos últimos trabalhos desenvolvido pelo coletivo chama a atenção dos visitantes de Nova Iorque. Eles foram convidados por uma construtora a pintar o paredão de uma antiga fábrica de açúcar. Eles levaram um mês nesse trabalho. O mais interessante é que a antiga fábrica fica dentro da comunidade de Los Sures, ou seja, muitos dos artistas são filhos de ex-trabalhadores do local.

Por isso, o mural representa a ligação entre passado e presente, desafios e mudanças sofridas pelas comunidades latinas na localidade. “Conoce tu historia para que no la repitas” e “My dream for los Sures is that we start waking up and empowering ourselves to do better and hold on to what ever little bit we have” são algumas das frases e clamores dos artistas escritos em inglês e espanhol na obra que chama a atenção de todos .

Cultura con Azucar

Cultura con Azucar

O termo muralismo, ou pintura mural, tem origem no México e existem estudos que afirmam existir trabalhos deste tipo desde o início do século 20. Esses trabalhos eram realistas e monumentais.  É uma forma de arte pública, como o grafite, porém, diferentemente deste, tem estreita relação com a arquitetura, podendo explorar o caráter plano de uma parede ou criar o efeito de uma nova área de espaço. O mural da antiga fábrica de açúcar trata-se de um trabalho “vivo”, que incorporou retratos de membros da comunidade de Los Sures e citações de moradores que compartilham suas memórias e projetaram seus sonhos para o Southside.

Confira agora todo o colorido e a riqueza de detalhes desse trabalho primoroso criado por Los Muralistas de El Puente:

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Pelo segundo ano consecutivo tive a oportunidade de conhecer uma festa com espírito e identidade brasileiros em solo norteamericano. A Lavagem da Rua 46, realizada no mês de agosto deste ano, chegou a sua sétima edição. Mais uma vez, mostrou a diversidade da cultura do Brasil em Nova Iorque, com muitas cores, cheiros, gastronomia e, claro, nossa música.

Mesmo levando um nome tão típico de uma festa realizada a centenas de anos em Salvador, a lavagem ganhou dimensões mais amplas de festa brasileira, justamente por reunir grupos de diversas localidades do país, de norte a sul.

 

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As baianas seguiram pela Times Square abrindo o caminho com água de cheiro. Passistas do samba carioca distribuíam sorrisos e mostravam o ritmo genuinamente brasileiro. Grupos percussivos como o Batalá, sob a batuta do músico  Giba Gonçalves, colocavam baianos e americanos para sacudir o corpo. Na ala do Forró, coordenada pelo cantor Del Feliz, os ritmo nordestino alegrava uma multidão que foi as ruas. Completava o cortejo, grupos folclórico do Rio Grande do Sul, capoeiristas, filhas de Gandhi, uma verdadeira festa da nossa miscigenação apresentada no mesmo lugar.

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Como parte da programação da Brazil Week 2014, a lavagem contou ainda com show da banda baiana Alvanontê composta pelos cantores Magary Lord, Manno Goes, Jonga Cunha e Ricardo Chaves. O cantor Del Feliz recebeu como convidados os cantores França e Lucy Alves, finalista de The Voice Brasil. Agora, confira em nossa galeria de fotos, clicks exclusivos dessa farra brasileira em território gringo.

 

O Fat Cat é uma antiga casa de jogos que virou point em Nova Iorque. Hoje a casa é consagrada na “big apple” por conta da sua boa música e entretenimento. Isso veio a acontecer depois que o empresário Mitchell “Mitch” Borden, fundador do Smalls Jazz Club – uma casa onde tocavam grandes nomes do jazz – teve um senso brilhante, para não deixar os seus clientes de fora do circuito do jazz.

Por conta das grandes filas nas noites do Samlls, Mitch fez uma proposta ao Fat Cat para incrementar seu leque de entretenimento e colocar uma banda de jazz. Mas uma banda no mesmo nível das que tocavam nas noites do Smalls. E assim aconteceu. Quando a Smalls lotava, o que acontecia quase todos os dias, Mitch mandava todos os clientes dele para o Fat Cat (o tipo de coisa que só acontece uma vez na vida). Uma proposta pra lá de proposta irrecusável. Esse enredo emblemático é a história de uma antiga casa de jogos que se transforma no Fat Cat Jazz Club, no West Village em NYC.

 

shuffleboard - fat cat
Shuffleboard – mania nacional

Fat Cat -sinuca
Sinuca

O basement(porão) underground na 75 Christopher, frequentado por pessoas mais “relax” e estudantes da NYU, logo virou ponto de encontro e se tornou, também, um importante centro cultural. As Jam Session são disputadas e quem não chega cedo, não consegue sentar nos poucos sofás, mas não perde nada do show, só fica em pé.

Não é somente a qualidade musical que faz frequentadores voltarem sempre ao Fat Cat. A cerveja barata, quatro dólares a mais barata e vendida, é um atrativo. Para descontrair enquanto se bebe e ouve música os frequentadores se espalham entre jogos de xadrez, dama, sinuca, ping pong, totó e shuffleboard [jogo tipicamente americano pouco conhecido no Brasil]. A casa abre todos os dias da semana e vai até o dia amanhecer.

O Fat Cat não serve comidinhas, mas você não vai ficar lá com fome, né? Vocês podem levar sua comidinha ou pedir o que você quiser, o delivery é permitido.

Então, já sabem, quando estiverem em Nova Iorque não deixe de visitar o Fat Cat e entrar na onda encantadora dessa casa old school moderna, cheia de personalidade e estilo.

PS: Não percam o show da Naomi Shelton, sexta-feira as 9h em ponto, experiência unica!

 

Enjoy it!

 


SA Agência Digital