sexta-feira, 3 maio 2024
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Doralyce

Doralyce, ativista, cantora, compositora, atriz e feminista pernambucana, uma das principais expoentes do Afrofuturismo nacional, lançou nas plataformas digitais o single Saborzinho do verão, junto a clipe produzido em parceria com a Gaiata Produções.

Com uma proposta dançante, transitando pelo ritmo do arrocha e do batidão do brega, a canção conecta Pernambuco e Bahia na sonoridade latina e integra o disco Dádiva, com oito inéditas e cinco remixes.

O álbum, criado a partir do conceito M.E.L (Movimento de Emancipação e Liberdade), integra o projeto DASSALU: Da descolonização ao Afrofuturismo, contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2019-2020 e composto, ainda, por um manifesto e um segundo disco, Dassalu.

“O verão traz um aspecto diferente para a vida das pessoas. O clima tem total influência nos desejos, inclusive de estar conectado com o sol”, conta Doralyce sobre a inspiração para Saborzinho do verão, que fala sobre a paixão de verão, sobre o calor, desejos e de como refrescar as altas temperaturas.

Segundo a artista, trata-se de um single sobre liberdade, emancipação feminina, vontades e prazeres, além de mostrar as mulheres como protagonistas de suas histórias. “Ele evidencia a mulher como dona do seu próprio prazer”, afirma.

Junto ao lançamento do single, Doralyce também disponibiliza o clipe de Saborzinho do Verão, criado pela Gaiata Produções, em uma parceria que reforça a proposta de colocar a mulher em primeiro plano.

A produtora é um coletivo de empreendedoras com o intuito de fortalecer e empoderar mulheres, conectando esses valores na maneira de pensar figurinos, cenografias, direção de arte e fotografia.

DASSALU é uma filosofia, um ensaio manifesto com tecnologias de sobrevivência e emancipação para pessoas pretas, latinas e LGBTQIA+, com enfoque nas mulheres. Aborda estratégias e ferramentas para modificar a realidade desigual do mundo, incentiva práticas para a manutenção da vida de pessoas comumente marginalizadas e que, em sua maioria, têm suas vozes silenciadas.

O projeto DASSALU: Da descolonização ao Afrofuturismo é pautado no movimento Primavera Solar, insurgente na América Latina, no qual é crescente o protagonismo das mulheres como agentes diretas da alternância de poder. Composto por dois álbuns e um manifesto, tem como norte o olhar decolonial feminista e explicita a importância da luta dos homens para acabar com o machismo e a responsabilidade das pessoas brancas em lutar para erradicar o racismo.

As músicas que integrarão os álbuns a serem lançados são um convite para o público mexer o corpo e a mente juntos. Nas letras, estão temas que vão desde a apatia social que circunda a sociedade, até a riqueza ancestral, o poder dos orixás e a urgência da valorização feminina.

A artista
Doralyce começou sua carreira no berço de importantes movimentos culturais e estéticos, o sítio histórico da cidade pernambucana de Olinda. Lá, cresceu sob a influência do OlindaStyle e Manguebeat, mesclada aos batuques de Maracatu, Coco e Ijesá, comumente representados pela força feminina.

A artista já foi tema de tese de Doutorado na Universidade Northwestern, em Chicago, nos Estados Unidos, na qual foi considerada como uma das principais expoentes do Afrofuturismo na América. Participou de importantes eventos do cenário musical como o Pulso Redbull Music, na cidade de São Paulo, Vento Festival 2018, em São Sebastião (SP), Recbeat, em Olinda (PE). Em sua discografia constam os trabalhos Canto da Revolução, de 2017, Doralyce no Estúdio Showlivre (Ao Vivo), de 2018, Pílula Livre, de 2019, e Doralyce no Estúdio Showlivre, Vol. 2 (Ao Vivo), de 2020.

OUÇA AQUI

Na voz do apresentador e jornalista Jorge Gauthier, a 19ª Parada LGBTQIA+ da Bahia estreia neste sábado (5), das 18h às 20h, ao vivo nos canais “Me Salte” e Jornal CORREIO* (Instagram, Facebook e Youtube).

Para 2020 o evento virtual contará com a participação da atriz transgênero Matheuzza Xavier, Bagageryer Spilberg—transformista, a primeira vereadora trans e negra eleita para a cidade de São Paulo, Erika Hilton (PSOL), as cantoras Josyara e Doralyce, o rapper Hiran, entre outros.

Josyara

Em edição histórica, a 19ª Parada da Bahia — e 1ª realizada em ambiente virtual — traz o “racismo na comunidade LGBTQIA+” como tema central da programação. Para debater questões relacionadas a ‘LGBTQIA+fobia’, Jorge Gauthier convida à mesa o produtor cultural Alan Costa; Bruna Bastos — tatuadora e ativista negra; Ismael Carvalho —criador de conteúdo digital; Inaê Leoni — cofundadora do Coletivo das Liliths; Janda Mawusí — pedagoga; e a vereadora Érica Hilton.

“A 19 ª Parada tem como objetivo ampliar o tema ‘racismo’, que sempre esteve em evidência e agora está cada vez mais, principalmente com relação a LGBTQIA+fobia. As mesas de debate, assim como toda a programação, visam incentivar o cuidado com si e com todos, e a nossa luta para que a homofobia acabe”, afirma Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB).

Abrindo o mês de dezembro com informação e reflexão, a 19ª Parada LGBTQIA+ da Bahia também traz “fechação” como palavra de ordem do evento. As performances artísticas ficam a cargo do rapper Hiran — autor do hit “Tem Mana no Rap”; Matheuzza — revelação do 27º Prêmio Braskem; Bagageryer Spilberg — produtora do Miss Brasil Gay Versão Bahia, Josyara — cantora e compositora natural de Juazeiro (BA); e Doralyce a autora dos hits “Miss Beleza Universal” e “Canto da Revolução”.

PROGRAMAÇÃO

Mesas de debate

A partir das 18h, a Parada LGBTQIA+ recebe o idealizador do Coletivo Afrobapho e mobilizador social na “Campanha Jovem Negro Vivo” da Anistia Internacional Brasil, Alan Costa. Ao lado de Ismael Carvalho —Cofundador da “Preta Agência de Comunicação”, a mesa “Bichas Pretas” discute a vivência da comunidade LGBT no Brasil e no estado da Bahia, levando reflexões e informações a respeito da vulnerabilidade social de LGBT’sQIA+ negros e negras.

Na sequência, o evento virtual estreia a mesa “Negras, Lésbicas e Masculinizadas”. Entre as convidadxs, Bruna Bastos — sapatona negra, ativista e idealizadora da página “Sapatona a Entendida”, e Jandira Mawusí — idealizadora do “Coletivo Merê” e ativista nas causas raciais e de gênero LGBTQIA; dialogam sobre “lesbianidade” e “afroperspectiva”.

Ampliando os debates, a última mesa da noite traz a experiência da primeira vereadora trans e negra eleita de São Paulo — mulher mais votada da cidade com 50.508 votos pelo PSOL —, Erika Hilton. Além da vereadora, a 19º Parada LGBTQIA+ da Bahia convida à mesa “Transexuais e travestis negras não trabalham só em salão” a 1ª professora trans de São Francisco do Conde (BA), Inaê Leoni — multiartista no Coletivo das Liliths e autora do single “Onda”.

Performances artísticas

Além do levante social à reflexão e informação, a 19º Parada LGBTQIA+ da Bahia recebe as performances individuais de mais de 5 artistas conhecidos na cena baiana e por todo Brasil.

Quem estreia os palcos da Parada é a atriz, transgênero e preta Matheuzza Xavier — estrela do espetáculo Peles Negras, Máscaras Brancas – direção Onisajé. A artista figura ao lado da apresentadora, transformista e realizadora de concursos de beleza, Bagageryer Spilberg, além da artista visual e drag queen Malayka SN.

Já “Hiran”, baiano de 25 anos conhecido no rap nacional por hits como “Lágrima, feat. Gloria Groove, Baco Exu do Blues e Àttooxxá” e “Tem Mana no Rap”, collabs com o BaianaSystem, shows de abertura para BNegão e por figurar junto às cantoras Duda Beat (PE) e Ludmilla (RJ), tem lugar garantido no 19º ano da Parada. O rapper tem trazido à agenda da música independente brasileira uma nova integração de realidades e influências, buscando um novo ar para o hip hop da Bahia e o rap queer.

Outra estrela da noite é a pernambucana e cantora afrofuturista Doralyce, autora dos hits “Acenda a Luz”, “Eu Boto” e “O Boyzinho”. A artista é engajada em questões sociais, como mostra seus primeiros álbuns solos, Canto da Revolução (2017) e Pílula Livre (2019).

Ao lado de Doralyce, Josyara é responsável por sacudir a 19ª Parada LGBTQIA+ da Bahia, resgatando a energia do seu primeiro disco, Uni Versos (2012). A cantora natural de Juazeiro (BA) já levou os troféus de “Melhor Instrumentista” e o Escuta As Minas, tirando a inspiração do sertão para as letras.

Sobre a 19º Parada LGBTQIA+ da Bahia

Reunindo milhares de vozes todos os anos, o 19º ano da Parada LGBTQIA+ ocupa, dessa vez, os ambientes virtuais através da hashtag #paradalgbtqiadabahia2020. A frente da Parada por quase duas décadas, o Grupo Gay da Bahia (GGB) é o realizador do evento, com a produção da Maré Produções Culturais, patrocínio do Grupo Big, Goethe-Institut Salvador – Bahia e Criação de Conteúdo do Jornal CORREIO*/Me Salte e Movida Conteúdo.

SERVIÇO

19ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ da Bahia
Quando: 5 de dezembro, sábado;
Horário: das 18h às 20h.
Onde: ao vivo nos canais “Me Salte” e Jornal CORREIO*;
Participantes: Alan Costa, Bruna Bastos, Ismael Carvalho, Inae, Janda Mawusí, Érica Hilton, Hiran, Matheuzza, Bagageryer Spilberg, Josyara e Doralyce, Jorge Gauthier.

Foto Hiran por Kevin Oux


SA Agência Digital