sábado, 27 abril 2024
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Ana Cañas

Ana Cañas passeia com sabedoria pela obra de Belchior em seu novo álbum, “Ana Cañas canta Belchior”, que já está disponível nas principais plataformas de streaming.

A cantora e compositora paulista achou sua própria linguagem para trazer de forma certeira 14 faixas que prezam pela sutileza e ao mesmo tempo por interpretações densas e profundas. Misturar Ana e Belchior, e seus planetas no signo de Escorpião, só podia resultar em algo intenso, para se jogar de alma e é difícil parar de escutar.

Ela já abre o disco com “Coração Selvagem”, deixando claro que força e feminilidade são elementos que sobressaem neste projeto. Outros grandes sucessos do cearense como “Sujeito de Sorte”, “Paralelas”, “Alucinação”, “Velha Roupa Colorida” e “Como Nossos Pais” também ganharam o jeito especial de Ana, que com este projeto mostra porque é uma das intérpretes mais interessantes da música brasileira.

Há também, releituras de músicas mais lado B de Belchior, como “Na Hora do Almoço”, “Medo de Avião” e “Galos, Noites e Quintais”. Os arranjos produzidos pela própria artista e por Fabá Jimenez são minimalistas e impactantes.

“Acho que o fato de ter poucos elementos acaba por ressaltar a voz, a interpretação. E esse foi o desafio. As músicas versam geralmente sobre paixão, catarse e reflexão social. Exige uma compreensão ampla das camadas do coletivo e suas intersecções. Apesar de muitas metáforas e poesia, também traz uma literatura direta e acessível. É um universo bastante complexo e há que se despir para mergulhar nele”, analisa Ana.

E o pulo de cabeça da artista no oceano de Belchior começou há dois anos. Uma live despretensiosa com esse repertório resultou em mais de meio milhão de plays no YouTube e os fãs imploraram para o registro das gravações em estúdio. O momento era complicado, a grana curta, mas o próprio público de Ana se uniu para financiar este disco.

Toda a história deste projeto é mesmo especial, assim como o resultado. “Sinto que uma voz feminina relendo um clássico da música popular brasileira é como um portal. Novos sentimentos e olhares. Cresci ouvindo Elis, Gal e Bethânia fazendo isso como ninguém e redirecionando músicas (escritas geralmente por homens) em versões definitivas. Porque mulheres têm um abismo singular, conhecem cerceamento e opressão de forma única e isso é traduzido no canto com uma força peculiar”, defende a intérprete.

Capa Ana Turra

E a visceralidade deste disco ganhou registro e se transformaram em 14 visualizers dirigidos por Ariela Bueno. “A ideia é trazer uma espécie de disco visual e aproximar o público do making of, para que as pessoas possam conhecer os meandros das gravações e bastidores do projeto. “O de “Como Nossos Pais”, por exemplo é o real take do disco, algo muito raro de conseguir e calhou de a diretora estar dentro na cabine de gravação quando fiz o take que escolhemos para o disco. Ele é bastante especial”, opina.

Apresentadora
O lançamento do álbum acontece quase que simultaneamente ao debut de Ana como apresentadora. Dia 25 estreia o programa “Sobrepostas” no Canal Brasil e na Globoplay com a cantora recebendo mulheres (cis e trans) e pessoas não-binárias para conversas francas sobre sexo, prazer e autoconhecimento. “A real é que os dois projetos têm tudo a ver. O universo belchiorano é bastante sexual (‘Quero gozar no seu céu / Pode ser no seu inferno’). A sexualidade feminina ainda é um tabu em 2021 e Belchior já falava sobre isso em diversas músicas, há 40 anos. Apresentar um programa sobre esse tema na televisão conversa com a sua obra, sem dúvida” afirma.
O programa foi criado e dirigido por Lívia Cheibub e Martina Sönksen. Em cada episódio, as convidadas são recebidas por Ana em uma casa onde papo é sempre afetivo e revelador – a ideia é criar um clima de acolhimento e intimidade. Um espaço seguro, de escuta e troca. A abordagem dos temas não se dá sob o olhar do estranho – como algo a ser desvendado por especialistas – mas tendo as mulheres como protagonistas de suas narrativas. A temporada de estreia se dedica às primeiras vezes: a primeira masturbação, primeiro squirt, o primeiro menàge, o primeiro vibrador… “Sobrepostas” é um convite para mulheres de todas as idades resgatarem suas próprias memórias da iniciação sexual, passando pelos momentos de excitação, frustração, autoconhecimento, desejo e fantasias, incentivando a conversa de forma natural e acolhedora.

Ao longo do programa, cenas ficcionais e eróticas ilustram um pouco das experiências compartilhadas pelas convidadas. Essas imagens são sensoriais, buscam a valorização dos corpos, cada um com sua subjetividade e experiência. Ao invés de promover sentimentos como vergonha e timidez, as cenas buscam incentivar a autovalorização e o prazer corporal.

OUÇA

foto Marcus Steinmeyer

Após o sucesso da primeira edição em 2015, o Festival Sangue Novo chega ao seu segundo ano no dia 17 de dezembro, mais uma vez no Museu Du Ritmo, em Salvador. Evento voltado para destacar o melhor da geração século 21 da música popular brasileira, o Sangue Novo trará ao todo para a capital baiana na edição 2016 seis atrações. Marcelo Jeneci, Tulipa Ruiz e Ana Cañas juntam-se aos baianos da Maglore, IFÁ Afrobeat e Manuela Rodrigues, em apresentações que totalizarão dez horas de  shows, com alguns dos melhores artistas e bandas da novíssima produção musical nacional e local.

A ideia é aprimorar a experiência bem-sucedida do Festival no ano passado, criando uma programação que mescla talentos locais e nacionais da nova geração. Geração essa que é formada dentro de um novo conceito de produção e divulgação de sua música, o que envolve usar todas as ferramentas digitais e um novo conceito de gerenciamento das suas carreiras”, diz o jornalista e crítico musical Hagamenon Brito, curador da programação do Festival e também idealizador, produtor e apresentador do Sangue Novo, da Globo FM, programa que empresta seu conceito de privilegiar a nova geração autoral da música contemporânea brasileira .

O Sangue Novo vai ao ar na Globo FM todas as quintas-feiras, das 21 às 22 horas. “É um prazer observar que alguns desses artistas nos quais acreditamos já começam a ter um maior espaço no mainstream, inclusive participando de trilhas de novelas. Porque pode até demorar, mas o novo sempre vem e se impõe”, completa Hagamenon.

“O Festival trará ações paralelas de grafite, feira de empreendedores criativos e uma mostra de clipes, curtas e documentários musicais. A transversalidade da música e seu consumo nos mais diferentes formatos, esse é nosso objetivo principal”, diz Fernanda Bezerra, diretora-geral da Maré Produções Culturais, realizadora do Festival que conta com o apoio da Skol, Globo FM e Shopping da Bahia.

Os ingressos estão à venda pelos valores de R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira) pela plataforma Sympla

SERVIÇO:

O QUE: Festival Sangue Novo com Marcelo Jeneci, Tulipa Ruiz, Maglore, Manuela Rodrigues e Ana Cañas.

ONDE: Museu du Ritmo, Comércio, Salvador

QUANDO: 17 de dezembro

QUANTO: R$ 40(Inteira) R$20(Meia)

ONDE COMPRAR: SYMPLA

 

A cantora paulista Ana Cañas é a primeira atração confirmada para a 2ª edição do Festival Sangue Novo, que acontece no dia 17 de dezembro, no Museu Du Ritmo, em Salvador. Ana traz para a capital baiana pela primeira vez o show do seu elogiado disco “Tô na Vida”, de 2015, o quinto da sua carreira iniciada em 2007 com o álbum “Amor e Caos”. “Tô felizona de chegar com o ‘Tô na Vida’ aí em Salvador! O show já tem um ano e meio de estrada, é um show mais pesado, mais rock’n’roll mesmo, com um power trio alucinante. Como já temos esse tempinho rodando, o show já adquiriu algumas características novas, músicas que não estavam no repertório inicial. Mas é assim mesmo, vai amadurecendo – e melhorando – com o tempo”, declara Ana.

O Festival Sangue Novo é resultado do conceito do programa Sangue Novo, da Rádio Globo FM, que privilegia artistas e bandas da geração século 21 da nova música popular brasileira. O programa é idealizado, produzido e apresentado pelo jornalista e crítico musical Hagamenon Brito, que também é o curador da programação dos shows do Sangue Novo.  Já o festival é uma realização da Maré Produções Culturais, com patrocínio da Vivo, via plataforma Vivo Transforma e do Governo da Bahia, por meio do Fazcultura. A programação completa do evento, assim como os valores dos ingressos e pontos de venda, será divulgada ainda neste mês de outubro. Na sua primeira edição, em 2015, o Sangue Novo contou com os shows de Céu, Filipe Catto, Marcia Castro, Vivendo do Ócio e Dão.

Serviço:

O que: 2ª edição do Festival Sangue Novo

Atrações: Ana Cañas e outros artistas.

Quando: Dia 17 de dezembro

Onde: Museu Du Ritmo (Travessa do Cais do Ouro – Comércio).

Realização: Maré Produções Culturais


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