
“Quem é essa mulher além do papel de ser mãe?” – Na nova temporada do programa “PAM CONVIDA”, a atriz, comunicadora e criadora de conteúdo Pam Nascimento recebe nomes conhecidos que, assim como ela, também são mães. Juntas, elas têm conversas sinceras e descontraídas não apenas sobre maternidade, e sim sobre ser mulher. Com seis episódios inéditos, o programa estreia no YouTube nesta sexta (12)
A primeira temporada estreou em Salvador, em 2018. Agora ganha nova fase no Rio, contando com a participação da vereadora Thais Ferreira, a ativista Kenia Maria, que é Defensora dos Direitos das Mulheres Negras na ONU, a atriz e apresentadora Ivi Pizzotti, a psicóloga e comunicadora Cintia Aleixo, e a atriz e apresentadora Giovanna Nader. A temporada se encerra com um episódio especial onde Pam Nascimento é entrevistada por sua própria filha, Luna.
Mais do que o tema “maternidade”, a nova temporada de “PAM CONVIDA”, patrocinada pela Sandálias Ipanema, com realização da Duanna Filmes e produção artística da LIDA Contemporânea, pretende abordar questões como trajetórias de sucesso, empoderamento feminino, saúde mental, sexualidade, arte, cultura e responsabilidade ambiental. “Mas muitos esperam que um programa idealizado e apresentado por uma mulher negra seja unicamente político ou de denúncia. Não mais. Esse é um programa de entretenimento. Queremos existir além das violências que nos atravessam”, destaca Pam. A realização do projeto assinada pela Duanna Filmes e
Pam Nascimento acredita na conversa como cura. E na comunicação como tecnologia ancestral. “Hoje tudo tem sido muito rápido. Raso. Instantâneo. Mas eu não me encaixo nisso. Não dá pra falar sobre assuntos relevantes em sessenta segundos. “PAM CONVIDA” é uma pausa. Um respiro. Uma sala pra estar. Uma pausa nesses estímulos que muitas vezes adoecem… e um convite para uma conversa divertida e, possivelmente, transformadora”, reflete.

Baiana natural de Irecê, no sertão da Bahia, Pam Nascimento saiu de casa aos 20 anos, com a filha Luna ainda bebê, para morar em Salvador. Lá, passou por diferentes trabalhos, de panfletagem, telemarketing à recepção de eventos, até encontrar nos palcos e nas câmeras o início da sua caminhada artística.“Comecei como modelo comercial e cheguei a ser capa da revista da Secretaria da Mulher da Bahia. Em seguida, mergulhei no teatro, fiz minha estreia no audiovisual com uma série para a TV Brasil, lancei a primeira temporada do ”PAM CONVIDA” e participei do concurso Miss Black Power Brasil. Não ganhei, mas foi ali que começou minha trajetória nas redes”, relembra.
Uma das etapas do concurso pedia um vídeo justificando a participação. Pam publicou este vídeo no youtube recitando um poema sobre cabelo crespo e, com isso, alcançou muitas pessoas. “Começaram a me seguir por conta do meu cabelo, buscando dicas, cuidados… e ali eu comecei, de verdade, a criar conteúdo.” Na época, a bio do seu perfil já avisava: “meu cabelo crespo, um manifesto político.”
Depois, Pam se mudou para o Rio de Janeiro, onde precisou recomeçar do zero. Então resolveu se dedicar às redes sociais de forma estratégica, até que fechou sua primeira campanha com uma marca. Desde então, vive da comunicação digital. Criadora de conteúdo, apresentadora e atriz, Pam transformou suas vivências em conteúdo potente, afetivo e engajado. Desde 2014, compartilha reflexões sobre maternidade, moda, beleza e feminismos nas redes sociais, sempre com autenticidade e bom humor.
Com seguidores engajados e posicionamento responsável, Pam Nascimento soma parcerias com grandes marcas e o reconhecimento como “Microinfluenciadora do Ano” na categoria “Ativismo”, pelo Prêmio MicroInfluenciadores Digitais. “Sempre tive, intuitivamente, um cuidado com o que falo nas redes. Opiniões que geram impacto exigem responsabilidade. Hoje, esse é meu principal pilar, do produto que uso no cabelo a um assunto mais sensível.Tenho dez anos de rede, cinco vivendo só disso e zero polêmicas… parece que deu certo até agora”, comenta.
Fotos Pedro Antônio
