Negra Jhô orienta oficina de tranças “Meu Cabelo, Minha Coroa” em Catu...

Negra Jhô orienta oficina de tranças “Meu Cabelo, Minha Coroa” em Catu e Pojuca

O fotógrafo baiano Robério Braga e a trancista, turbancista e ativista Negra Jhô embarcam nesta quarta-feira (23/11) para as cidades de Catu e Pojuca, no Recôncavo Baiano, onde participam da realização de duas edições da oficina gratuita de trançados “Meu Cabelo, Minha Coroa”, orientada pela esteticista afro e artista. O primeiro encontro será com alunos do projeto de capacitação Ciranda Viva Recôncavo, às 9h, na Comunidade de Pedras (Catu). E à tarde, às 14h, no Núcleo Educacional Pedro Leal Cardoso, no distrito de Miranga (Pojuca).

A oficina começa com uma palestra apresentando a biografia e o trabalho de Negra Jhô às comunidades, tendo sua história contada a partir de uma origem quilombola, através das parcerias com os blocos afro Olodum, Ilê Aiyê e Bankoma e os projetos sociais realizados. Abordará ainda o uso da indumentária e do cabelo afro no despertar da sua consciência negra; o cabelo afro e o turbante como ferramenta de empoderamento; e a beleza e a diversidade do universo afro como referências positivas de auto-estima e de auto-afirmação identitária.

Já na parte prática irá orientar os participantes sobre os cuidados com o cabelo crespo e dará uma aula sobre como fazer trança, especialidade de Negra Jhô há décadas.

Livro Tranças Barrocas e Robério Braga

Nascido de uma série que inicialmente se chamou “Tranças Afrodescendentes” – na época finalista no Black & White Photography Awards 2018 e classificada no mesmo ano em terceiro lugar na categoria Ensaio do Festival Paraty em Foco – o livro “Tranças Barrocas” é fruto de uma pesquisa sobre a tradição milenar dos penteados de trança, que começa a partir de registros e da observação do fotógrafo Robério Braga nas cidades de Cachoeira e em Salvador (nos bairros do Curuzu, Pelourinho e Ribeira.

Robério Braga investiga e fotografa há 30 anos temas relacionados aos rituais e costumes da população afrodescendente da Bahia. Seu trabalho começou a despontar no início dos anos 1990 quando participou da Bienal do Recôncavo, em São Félix (BA) e da Mostra Nacional de Fotografia na Universidade Federal da Bahia. Em 2003, fundou a produtora de audiovisual Maria Bonita Filmes, realizando projetos para a televisão, documentários e longa-metragem. Ao longo dos anos produziu várias séries fotográficas que visam exaltar e dar visibilidade à potência da ancestralidade e dos saberes que perpetuam a cultura negra da Bahia e da África. O fotógrafo faz parte do acervo Permanente dos Museus Afro Brasileiro (Ibirapuera, São Paulo), MIS (São Paulo) e MACS (São Paulo), Fundação Carlos I (Portugal)

A versão audiobook do livro está disponível no youtube (https://bit.ly/3EJcLd3)
Mais informações através do instagram do autor: @roberiobraga