A maternidade por parte daquelas que têm dificuldade em engravidar pode se...

A maternidade por parte daquelas que têm dificuldade em engravidar pode se tornar realidade em 2021

O início de um ano faz com que a gente avalie as metas traçadas e os objetivos alcançados e trace novos planos. Dentre os sonhos e anseios que figuram nesse período, está a maternidade. Porém, a dificuldade de engravidar – às vezes – faz com que o desejo seja adiado ou até mesmo esquecido. Felizmente, muitas vezes por meio da Fertilização In Vitro (FIV), ele pode se tornar real.

“Trata-se de uma técnica que consiste na coleta dos gametas para que a fecundação seja feita em laboratório e depois na transferência desses embriões para o útero materno”, explica Dra. Sofia Andrade, médica especialista em reprodução humana.

“Casais que tenham dificuldade no encontro do espermatozóide com o óvulo; mulheres que apresentem problemas na produção de óvulos e casais homoafetivos são alguns dos perfis de pacientes que recorrem à técnica”, acrescenta.

O protocolo é bem simples: o homem fornece uma quantidade do seu próprio esperma, colhido no laboratório por ele mesmo ou por meio de uma punção nos testículos quando não existe presença de gametas no sêmen. “No caso da mulher, ela passa por uma indução de ovulação realizada por medicamentos para que seja viabilizada a coleta de gametas femininos”, contou a médica.

Após essa etapa, é feita uma seleção de espermatozoides masculinos e cada espermatozóide selecionado é inserido em um óvulo coletado e assim ocorre a fecundação. “Após fecundado, o embrião é posicionado dentro do útero da mulher”, informa a Dra. Sofia.

O protocolo de transferência é indolor e guiado por ultrassom. “Após 14 dias, é realizado um exame que verifica o êxito do método, atestando a gravidez”, complementa.
Todo processo (coleta dos gametas, fecundação, implantação no útero da mulher e exame final para detectar o sucesso da técnica aplicada) pode durar em torno de 17 a 25 dias.

“O índice de sucesso tem relação com vários fatores, entre eles a idade da paciente, pois o avançar da idade reduz a qualidade dos óvulos”, alerta a médica.

Curiosidade: o método de FIV foi testado pela primeira vez no ano de 1978, na Inglaterra. No Brasil, a primeira experiência aconteceu em 1983.

Sobre a Dra. Sofia Andrade
Dra. Sofia Andrade é médica – formada pela Ufba – especialista em reprodução humana das clínicas Insemina e Cenafert, doutoranda em medicina e saúde na Ufba, professora auxiliar de ginecologia e reprodução humana na Uneb, mestre em tecnologias em saúde pela Unifesp – Universidade Federal de São Paulo, ginecologista pela UNIFESP e especialista em reprodução humana pela Universidade Rey Juan Carlos, em Madrid e fellowship em histeroscopia no Hospital Clinic Barcelona.