Depois de lançar o álbum Coisas Naturais, Marina Sena sobe aos palcos com um espetáculo que traduz, em corpo e voz, a intensidade da nova fase. A turnê homônima estreia com uma proposta ousada: um show feito à mão, orgânico, sem máscaras, sem camadas que escondem o que se passa em cena. Tudo o que acontece ali está vivo — e é para ser visto.
Com direção Vito Soares, Marcelo Jarosz e Fernanda Fiuza, o show dá continuidade à identidade visual e conceitual do disco, revelando bastidores, rasgando o véu entre artista e público, e transformando a apresentação em um acontecimento cru, escancarado, de beleza bruta e sensível. A presença de câmeras no palco amplia a narrativa e leva o público para dentro da criação, em tempo real.
A banda, dirigida por Janluska, ganha protagonismo com uma formação mais robusta, destacando a percussão e os sopros como pulsos essenciais do espetáculo. Marina se entrega com ainda mais presença, mais contato com os músicos e com o próprio instinto. A performance se torna também um ato teatral, onde cada gesto carrega intenção, e cada silêncio, significado.
Uma nova formação de elenco acompanha a artista. Nesta fase, há apenas um dançarino em cena — uma figura que transcende a dança e se transforma em guia, orixá, espelho, alma que caminha junto. Ele surge como uma surpresa no meio do espetáculo, marcando o início de uma narrativa que se desenrola a partir das canções, numa troca espiritual com Marina.
No repertório, todas as faixas do álbum Coisas Naturais ganham vida com novas camadas de interpretação, revelando uma Marina mais selvagem, mais ela. Uma volta à essência que também olha para o futuro, resgatando a chama da artista que encantava desde os tempos de A Outra Banda da Lua.
Em Salvador, o show será nessa sexta(06) e sábado(07) no Museu de Arte Moderna da Bahia, mas os ingressos já esgotaram.
Acompanhe as novidades da artista no @amarinasena
Crédito: Ian Rassari
