Exposição fotográfica online reúne trabalho de oito profissionais da Cidade Baixa

Exposição fotográfica online reúne trabalho de oito profissionais da Cidade Baixa

João Melo e Edwã Victor tocando Marimba na Praia da Ribeira/ Foto Amós Costa

Apresentar e visibilizar os artistas da Cidade Baixa. Difundir e impulsionar as manifestações artísticas da região. Retomar as memórias históricas dos seus pontos culturais e festejos populares. Assim é o VirtuArte Cidade Baixa, projeto que reúne as variadas linguagens artísticas da CBX, com programação 100% online e gratuita, disponível no Instagram @virtuartecbx. A primeira atividade começa nesta terça-feira (23), com a exposição fotográfica “Olhares sobre a CBX”, reunindo o trabalho de oito profissionais da localidade.

A mostra segue até 13 de abril, com uma nova foto – e o respectivo perfil do seu autor e autora – postada a cada semana. Entre os fotógrafos, Heder Novaes, Jeferson Teixeira, Marcos Barbosa, Maiara Cerqueira e Matheus Leite. Os cliques respondem à pergunta “Qual o seu olhar sobre a CBX?” e reúnem desde pontos turísticos a cenas do cotidiano, detalhes de festas e o clássico pôr do sol.

Ainda este mês, dia 27, o VirtuArte CBX apresenta a primeira vídeo performance de uma série de sete. Filmadas em pontos diversos, da Feira de São Joaquim às praias da Penha e da Ribeira, traz apresentações musicais de rap e marimba, de dança, capoeira, teatro e pintura.

Em março, dia 03, estreia a web série “Diga aí, CBX”, em quatro capítulos, contando um pouco sobre a história dos festejos populares, como Bonfim, Bom Jesus dos Navegantes e a Segunda-feira Gorda, bem como início do axé e antigos carnavais.

“A Cidade Baixa tem uma relação profunda com o carnaval da Bahia. Osmar (de Armandinho, Dodô e Osmar), um dos criadores do trio elétrico, nasceu aqui; a maioria dos artistas da Banda Mel também eram daqui e foi também na CBX que Margareth Menezes começou sua carreira”, pontua o historiador Matheus Buente, nascido e criado nos bairros do Bonfim e Uruguai. Os curtas, de até oito minutos, também abordam a história de espaços como o Cine Teatro Roma, palco de artistas como Raul Seixas e Antônio Carlos e Jocafi, as antigas fábricas da região, como a Fratelli Vita, e a trajetória da localidade dos Alagados e a sua resistência cultural.

A programação do VirtuArte Cidade Baixa ainda conta com oficinas de dança afro brasileira, interpretação para audiovisual e Mobgrafia (vídeo com celular); workshop de profissionalismo na música independente; e o “Fala aí, diretxr_”: um bate papo mediado pelo ator e diretor Heraldo de Deus, recebendo convidadas como as diretoras Cecília Amado (“Capitães de Areia”) e Vilma Martins (“5 fitas”) para discutir alguns filmes ambientados na região.

O VirtuArte Cidade Baixa é contemplado pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal. “O projeto surge da inquietação de visibilizar as potências culturais e os espaços que já existiram e que ainda existem no território contemplado como Cidade Baixa. É um convite a conhecer e reconhecer as multilinguagens artísticas e toda a história da CBX”, destaca a produtora cultural e idealizadora do VTRT CBX, Polyana Sá.