Escolinha Maria Felipa abre edital para bolsas do Adote um Educande

Famílias residentes em bairros periféricos ou quilombos urbanos poderão concorrer a 05 bolsas para suas crianças, através da terceira edição do Adote um Educande, a partir do dia 12 de outubro.

A Escolinha Maria Felipa, escola de educação infantil e ensino fundamental, afro-brasileira e trilíngue – português, inglês e libras (@escolinhamariafelipa) abre o edital ( https://linktr.ee/MariaFelipa ) para crianças negras e indígenas em situação de vulnerabilidade, com renda familiar de até 1,5 salário mínimo.

As inscrições para concorrer às bolsas estudantis, divididas em duas para o grupo dois, duas para o grupo três e uma para o grupo cinco, podem ser realizadas até o dia 01 de novembro. O projeto é um compromisso social que a Escola estabelece com a sociedade e com as famílias que vão crescendo junto com a trajetória da instituição, que se organiza para acompanhar a criança até onde puder.

Com 10 crianças já contempladas nas edições anteriores, é através do catarse que a adoção acontece, mediante doações coletivas do público externo no site de financiamento coletivo,  possibilitando que a manutenção da educação delas aconteça. É possível doar também por meio de assinaturas mensais automáticas e transferências bancárias.

Escola Maria Felipa
A Escola Maria Felipa é a primeira escola afrobrasileira do país, é trilíngue – português brasileiro, inglês e libras e funciona até o segundo ano do ensino fundamental. Com  matrículas abertas, retornou com as aulas presenciais dia 30 de agosto, num sistema híbrido  – online e presencial,  respeitando todos os protocolos de prevenção à Covid-19, com equipe de profissionais totalmente vacinada e a partir da escolha de cada família. A instituição de ensino infantil é afroreferenciada,  decolonial, valoriza a diversidade e carrega o nome de uma mulher, uma referência histórica de força, luta e liderança, como compromisso à ancestralidade africana.

Localizada em Salvador, cidade mais negra do mundo fora do continente africano, a EMF foi criada em 2017 por Bárbara Carine, idealizadora e consultora pedagógica da instituição, no processo de adoção de sua filha, uma criança negra. A instituição surge para todas as crianças a partir da  grande preocupação da família em promover uma educação escolar que estivesse fora dos marcadores historiográficos eurocêntricos e subalternizados de existências não-brancas, ao perceber que esse lugar não existia.

Além das ações regulares e do Adote um Educande, a escola desenvolve uma série de outras atividades vinculadas a prática antirracista, como a  Afroeducativa, que são formações pedagógicas para as relações étnicas-raciais destinadas a formação de pessoas interessadas na temática, consultorias para entidades de setores públicos e privados preocupados com a superação do racismo nos diferentes complexos sociais.

A instituição ainda desenvolve materiais didático-pedagógicos antirracistas, disponíveis na lojinha virtual da escola. Em sua organização didático-pedagógica, cada turma é nomeada por um reino/império africano que norteará os estudos dos grupos, sendo eles, Império Inca (G2 – 02 anos), Reino Daomé (G3 – 03 anos ), Império Maia (G4 – 04 anos), Império Ashanti (G5 – 05 anos) e Reino de Mali (1° ano fundamental). A partir de 2022, a Maria Felipa passa ofertar a turma do 2° ano fundamental.

Serviço
O quê? Adote um Educande – Edital de bolsas
Quando?  A partir de 13 de outubro de 2021
Onde ? Edital : Instagram @escolamariafelipa ( https://linktr.ee/MariaFelipa ) e site do financiamento coletivo
Financiamento Coletivo
Para maiores informações: Telefone: (71) 35063731 Email: escolinhamariafelipa Instagram:@escolinhamariafelipa

fotos Dante Vicenzo

Sobre Uran Rodrigues 10114 Artigos
Uran Rodrigues é um influente agitador cultural, promoter e idealizador do famoso baile O Pente (@opente_festa), além do projeto Sinta a Luz (@sinta.a.luz). Com uma carreira dedicada à promoção da diversidade cultural e artística, Uran conecta pessoas por meio de eventos que celebram a arte, a moda e a cultura preta. Seu trabalho busca não apenas entreter, mas também valorizar e dar visibilidade às potências culturais de Salvador e de outros estados do Brasil.